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Mercosul discute ações de enfrentamento ao Aedes e à microcefalia
Ministro da Saúde, Marcelo Castro, apresentará a experiência nacional no controle e prevenção do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e vírus Zika, além do enfrentamento à microcefalia
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, participa, nesta quarta-feira (3), em Montevidéu, no Uruguai, de uma reunião extraordinária entre os representantes de Saúde dos países do Mercosul. As autoridades vão discutir ações integradas para o combate às infecções causadas pelo mosquito Aedes aegypti, especialmente o vírus Zika. No encontro, os países do bloco assinarão uma declaração de apoio recíproco para o enfrentamento ao vetor, responsável também pela transmissão da dengue e da febre chikungunya.
O evento será coordenado pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que fará a interlocução entre os países-membros para os desafios de controle e prevenção do Aedes e da microcefalia no continente. Outros países também poderão participar das discussões. A iniciativa foi proposta pela presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, em sua participação na última reunião da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), no Equador, no final de janeiro.
Durante o encontro, os ministros vão definir estratégias de combate ao vetor e de conscientização e engajamento da população. Também serão abordadas ações para fortalecimento de mecanismos de monitoramento das doenças causadas pelo vírus e de diagnóstico epidemiológico, clínico e laboratorial.
O ministro Marcelo Castro vai detalhar a experiência do País no combate ao mosquito e as doenças transmitidas, incluindo a elaboração do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, a criação da Sala Nacional de Coordenação e Controle e a mobilização nacional para identificação e eliminação de criadouros em todos os domicílios. Castro apresentará ainda as ações do Ministério da Saúde, como a publicação de protocolos de vigilância e de assistência à ocorrência de microcefalia relacionada ao vírus Zika e as diretrizes de estimulação precoce e de reabilitação dos bebês nascidos com a malformação.
O governo brasileiro ainda vai propor a realização de agendas multilaterais para compartilhar a experiência e auxiliar os países latino-americanos no combate à epidemia. Entre as ações entre nações haverá o fomento permanente de geração de conhecimento e novas tecnologias, a atualização e capacitação de recursos humanos e o fortalecimento dos serviços de Atenção Básica para atendimento e acompanhamento dos casos.
Por Diogo Caixote, da Agência Saúde
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