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Saúde Indígena
SESAI participa de encontro sobre saúde indígena nos Estados Unidos
Representantes da Secretaria Especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai/MS) participam, entre os dias 5 e 7/12, na sede da Organização Pan-americana da Saúde (Opas), em Washington D.C., Estados Unidos, do Seminário Experiências e Intercâmbio de Conhecimentos sobre a Etnicidade e a Saúde.
Os gestores da Secretaria, representados pelos diretores de Gestão, Fernando Rocha, de Atenção à Saúde, Regina Rezende, e pelo assessor de Atenção à Saúde Leopoldo Neto, discutem experiências exitosas sobre a saúde indígena no Brasil.
O encontro reúne representantes de ministérios da Saúde de vários países, que trabalham com a Saúde Indígena e de afrodescendentes, bem como especialistas internacionais na abordagem das disparidades étnicas em saúde. A reunião quer servir de plataforma para o debate sobre os próximos passos e linhas de ação na construção de uma Política sobre Etnicidade e Saúde nos países americanos.
Para o diretor da Sesai, Fernando Rocha, esses encontros proporcionam o compartilhamento de conhecimentos e experiências sobre etnicidade e saúde, alertando gestores de saúde pública para as prioridades do setor. “Em eventos como esse, podemos incorporar abordagens interculturais, incluindo temas como saneamento, saúde materna, mental e as doenças transmissíveis, por exemplo”, destacou.
Participam do Seminário gestores de saúde dos Estados Unidos, Canadá, México, Brasil, Colômbia, Equador, Nicarágua, Guatemala, Chile, Peru, Equador, Bolívia e Guiana.
Etnia e saúde - Desde 1993, a Opas aprovou Resoluções significativas para enfrentar estes desafios e para avançar no trabalho sobre etnicidade e saúde na região. Neste período, os Estados-membro chegaram a um consenso para reconhecer os déficits de condições de vida e de saúde entre os povos indígenas das Américas. A resolução visava implementar a iniciativa Sapia (Iniciativa Saúde da Povos Indígenas das Américas) e foi reforçada por outras duas resoluções sobre povos indígenas, aprovadas em 1997 e 2006.
A Estratégia de Acesso Universal à Saúde e Cobertura de Saúde Universal, aprovada em 2014, refere-se especificamente aos indígenas e afrodescendentes como alguns dos grupos mais afetados enfrentando problemas de exclusão e falta de acesso a serviços de qualidade adequados. Além disso, seu Plano Estratégico 2014-2019 inclui a etnicidade como um tema transversal, ao lado de gênero, equidade e direitos humanos.
Além disso, a nível mundial, tem-se prestado crescente atenção às questões indígenas e afrodescendentes: a Conferência Mundial sobre os Povos Indígenas (WCIP) foi realizada na Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro de 2014. O Documento Final destaca a importância dos povos indígenas, práticas de saúde e sua medicina tradicional e refere-se especificamente ao mais alto padrão possível de saúde física e mental para os indivíduos indígenas.
Atualmente, a OPAS está trabalhando para o desenvolvimento de uma Política de Etnicidade e Saúde que reconheça conhecimentos e práticas culturalmente diversas, bem como sistemas de cura tradicionais, que são essenciais para combater as desigualdades em saúde.