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Saúde Indígena
Saúde Indígena engajada no combate ao Aedes aegypti
A Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) esteve mobilizada nesta sexta-feira (2), como parte do Dia Nacional de Combate ao Mosquito, com atividades integradas e simultâneas realizadas em todo o país.
Na Unidade II do Ministério da Saúde, onde funciona parte da Secretaria, a atividade foi aberta pela coordenadora-geral de Articulação da Atenção à Saúde Indígena, Roberta Aguiar Reis, que explicou como será a campanha “Sexta sem Mosquito”. “Todas as sextas-feiras, vamos nos organizar para eliminação de todos os focos possíveis do mosquito”, afirmou, ao pedir a colaboração de todos os trabalhadores da unidade.
Portando cartazes com referências ao combate ao mosquito Aedes aegypti, os servidores percorreram os arredores do prédio, localizado na quadra 510 Norte, em Brasília, recolhendo primeiramente materiais que podem acumular água e, desta forma, servir como criadouro do mosquito, tais como copos descartáveis e embalagens plásticas.
A SESAI orientou ainda os coordenadores de todos os 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) para que desenvolvam atividades semelhantes em suas respectivas unidades. As atividades deverão se repetir durante todo o período epidêmico das doenças transmitidas pelo Aedes (dengue, zika e chikungunya) e serão realizadas em órgãos públicos e estatais, unidades de saúde, escolas, residências, canteiros de obras e outros locais, marcando a intensificação das ações de combate e, consequentemente, impedindo a proliferação do mosquito.
A ideia é que, a partir do Dia de Mobilização, todas as sextas-feiras sejam dedicadas para verificação de possíveis focos, incentivando todos os segmentos da sociedade a fazer a sua parte. Essa campanha traz como foco “Sexta sem mosquito. Toda sexta é dia do mutirão nacional de combate”.
Desde a identificação do vírus Zika no Brasil e a associação com os casos de malformações neurológicas, no segundo semestre de 2015, o governo federal tem tratado o tema como prioridade. Por isso, no final do ano passado, foi criada a Sala Nacional de Coordenação e Controle, além de 27 Salas Estaduais e cerca de 1,9 mil Salas Municipais, com o objetivo de gerenciar e monitorar as iniciativas de mobilização e combate ao vetor, bem como a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. A Sala Nacional é coordenada pelo Ministério da Saúde e conta com a presença dos integrantes de nove pastas federais.
Cabe a esse grupo definir diretrizes para intensificar a mobilização e o combate ao mosquito Aedes aegypti em todo território nacional, além de consolidar e divulgar informações sobre as ações e os resultados obtidos. Também faz parte das diretrizes, coordenar as ações dos órgãos federais, como a disponibilização de recursos humanos, insumos, equipamentos e apoio técnico e logístico, em articulação com órgãos estaduais, distritais, municipais e entes privados envolvidos.
CAMPANHA – A nova campanha do Ministério da Saúde, de conscientização para o combate ao mosquito, chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes. “Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar” alerta a campanha, que será veiculada em TV, rádio, internet, redes sociais e mobiliários urbano (ponto de ônibus e outdoor) no período de 24 de novembro a 23 de dezembro. A ideia é sensibilizar as pessoas para que percebam que é muito melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências da omissão.
DADOS – O Brasil registrou, até 22 de outubro, 1.458.355 casos de dengue. No mesmo período de 2015, esse número era de 1.543.000 casos, o que representa uma queda de 5,5%. Considerando as regiões do país, Sudeste e Nordeste apresentam os maiores números de casos, com 848.587 casos e 322.067 casos, respectivamente. Em seguida estão as regiões Centro-Oeste (177.644), Sul (72.114) e Norte (37.943).
No país, foram registrados 251.051 casos suspeitos de febre chikungunya, sendo 134.910 confirmados. No mesmo período, no ano passado, eram 26.763 casos suspeitos e 8.528 confirmados. Ao todo, 138 óbitos registrados pela doença, nos estados de Pernambuco (54), Paraíba (31), Rio Grande do Norte (19), Ceará (14), Bahia (5), Rio de Janeiro (5), Maranhão (5), Alagoas (2), Piauí (1), Amapá (1) e Distrito Federal (1).
Em relação ao vírus Zika, foram 208.867 casos prováveis, até o dia 22 de outubro, o que representa uma taxa de incidência de 102,2 casos a cada 100 mil habitantes. Foram confirmados laboratorialmente, em 2016, três óbitos por vírus Zika. Em relação às gestantes, foram registrados 16.696 casos prováveis em todo o país.
Por Beth Almeida com informações da Agência Saúde