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Saúde Indígena
Saúde Indígena é destaque em Seminário Nacional de Experiências Exitosas na Saúde da Pessoa Idosa
As experiências bem-sucedidas do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Solimões na assistência à pessoa idosa estiveram entre as selecionadas no “Seminário Nacional do IV Mapeamento de Experiências Exitosas de Gestão Pública no Campo de Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa”. Dentre 16 trabalhos selecionados, as apresentações sobre o “Grupo da Melhor Idade” e sobre o combate à violência à pessoa idosa se destacaram por terem sido as primeiras sobre saúde indígena no seminário.
“Estou muito feliz com o reconhecimento do trabalho. Acredito que nunca houve uma experiência escrita sobre saúde indígena neste seminário”, frisou a enfermeira Isabela Pereira, que na época atuava no DSEI ARSO.
De acordo com ela, o projeto do Grupo da Melhor Idade tem obtido resultados importantes graças às iniciativas para proporcionar um envelhecimento ativo e saudável. “São ações que vão desde as rodas de conversa, atividades de educação em saúde e atividades físicas. Nosso público alvo são as pessoas com idade acima dos 60 anos”, reforça.
Como consequência imediata do trabalho, o projeto tem atraído cada vez mais participantes. “Hoje temos uma média de 300 idosos participando ativamente das atividades do grupo e isso é muito bom, pois quando a gente trata a atenção primária, mais importante que o curativo, é investir em prevenção e promoção da saúde”, destaca Isabela.
Violência ao Idoso
Outra experiência que mereceu destaque no Seminário diz respeito ao grupo de trabalho voltado ao combate e prevenção à violência vivenciada por idosos indígenas no Alto Rio Solimões (DSEI).
“Por meio do trabalho das nossas Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI) notamos que a Sesai era a única instituição que estava presente nas aldeias e atenta ao problema da violência ao idoso indígena. A partir daí, passamos a co-responsabilizar outros atores por meio de uma articulação intersetorial”, explica a psicóloga do DSEI ARSO, Viviane Verçosa.
Hoje, quando é identificado o caso de violência contra o idoso, as equipes de saúde da Sesai além de prestar toda a assistência necessária, também acionam os demais órgãos, como Fundação Nacional do Índio (Funai), lideranças indígenas daquela aldeia, Ministério Público, entre outros, para a situação possa ser resolvida.
“É um tema muito delicado e complexo, porque a maior parte dos casos de violência acontece dentro da própria aldeia e envolvem familiares e pessoas muito próximas, o que dificulta a confirmação da denúncia pelas equipes”, explica.
Por Felipe Nabuco