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Hospital pediátrico do Paraná amplia serviço de transplante de medula óssea
Com o aumento de três para dez leitos, Hospital Pequeno Príncipe deve triplicar transplantes. Recurso de R$ 2,6 milhões é fruto de programa de renúncia fiscal do Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou nesta segunda-feira (09), em Curitiba (PR), da inauguração de ampliação do serviço de transplante de medula óssea do Hospital Pequeno Príncipe, considerado o maior complexo pediátrico do Brasil. Com o aumento de três para 10 leitos, a expectativa é que a capacidade da unidade, para esse tipo de transplante, triplique nos próximos meses. Os trabalhos de reforma foram viabilizados com recursos captados via renúncia fiscal, por meio do Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), na ordem de R$ 2,6 milhões.
Com a reforma de 316,20 m² da área de oncologia, foi possível qualificar os serviços médicos-assistenciais da instituição, ampliando os leitos voltados para transplantes de medula óssea e internamento. Com isso, o Hospital conseguirá melhorar o registro e análise de dados e crianças e adolescentes com câncer e que necessitam de transplante de medula óssea, além de oferecer mais atendimentos, aumentar a equipe e qualificar os profissionais que atuam no setor. “Essa nova ala é muito importante, são unidades especializados que estão dando oportunidade de cura para pessoas que antes não tinham. É uma grande conquista que o torna cada vez mais Hospital de referência entre tantos de excelência no Brasil”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
Neste ano, foram realizados em todo o Brasil, 1.577 transplantes de medula óssea, sendo 204 deles no estado do Paraná. Deste total, 12 aconteceram no Hospital Pequeno Príncipe, sendo 90% por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). A instituição possui 369 leitos, sendo 230 deles destinados ao SUS, e conta ainda com 60 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), distribuídos nas áreas pediátrica, cirúrgica, neonatal e cardíaca.
Para custeio desses procedimentos, a unidade, que é especializada em oncologia, hematologia e transplantes de medula óssea, recebeu do Governo Federal R$ 19,4 milhões e R$ 5 milhões para pagar os atendimentos ambulatoriais.
PRONON – O Programa Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (PRONON), lançado em 2013, é uma iniciativa do Ministério da Saúde que visa estimular a ampliação dos serviços de saúde prestados à população e estímulo à pesquisa científica na área de oncologia.
Para participar, as instituições interessadas precisam se credenciar junto ao Ministério da Saúde e apresentar suas propostas com a identificação do que será executado. Os projetos são submetidos à análise e, se aprovados, os estabelecimentos recebem autorização para captação dos recursos junto a empresas e pessoas físicas. “Existem vários programas que permitem aplicação de recursos de isenção fiscal em programas públicos. A credibilidade que o Hospital Pequeno Príncipe transmite é que faz com que as pessoas escolham esses projetos para serem aplicados seus recursos de isenção fiscal. É importante ressaltar que o investimento é privado, mas o atendimento é público”, completou Ricardo Barros.
Os projetos contemplados têm o desenvolvimento acompanhado e avaliado pelo Ministério da Saúde e são financiados por meio de doações de empresas ou de cidadãos comuns. Em troca, os doadores poderão abater até um por cento do Imposto de Renda devido com relação ao Pronon.
Por Gustavo Frasão, da Agência Saúde
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