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Atendimento ao câncer aumenta 14% nos hospitais federais
O atendimento de oncologia nos seis hospitais do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro foi ampliado em 14% nos 10 primeiros meses (janeiro a outubro) deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. Juntos, os hospitais federais do Andaraí (HFA), de Bonsucesso (HFB), Cardoso Fontes (HFCF), de Ipanema (HFI), da Lagoa (HFL) e dos Servidores do Estado (HFSE) realizaram 75.259 atendimentos a pacientes com câncer (consultas e quimioterapia). Em 2015 foram 66.049 atendimentos.
Somente o HFI ampliou em mais de 25% a atuação na área, saltando de 6.428 pacientes atendidos entre janeiro e outubro de 2015 para 8.058 no mesmo período em 2016. Já o Hospital de Bonsucesso aumentou em 18% (saindo de 8.077 atendimentos para 9.537); o Hospital da Lagoa, em 13,75% (indo de 12.753 para 14.507); e o Cardoso Fontes, em 12% (ampliando de 8.525 para 9.544 atendimentos).
Uma entre os milhares de pacientes que personificam esses números, Renata Pereira Batista, 40 anos, começou o tratamento para câncer de mama no Hospital Federal Cardoso Fontes em janeiro, encaminhada pelo Sistema de Regulação (Sisreg). “Após 25 dias de diagnosticada fui encaminhada para o hospital (HFCF) e estava fazendo a primeira consulta. O atendimento foi muito rápido. Já fiz a cirurgia e agora estou na quimioterapia”, relata.
De acordo com o coordenador assistencial do Departamento de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde, Marcos Vinicius Fernandes Dias, atualmente as unidades estão funcionando no atendimento oncológico com 110% de capacidade. O aumento da demanda por tratamento da doença é também observada pelos profissionais dos Serviços de Oncologia da rede federal.
A médica oncologista Catia Fernandes, do Hospital Federal do Andaraí, onde esse tipo de atendimento aumentou de 11.357 para 12.962 no período, observa que a demanda é crescente e possui diferentes causas. Ela enfatiza que, enquanto em 2015 realizava uma média de 20 atendimentos por dia, a média agora gira em torno dos 30 atendimentos diários.
“Nos preparamos para realizar um determinado número de atendimentos, mas a procura aumentou consideravelmente. Há a questão do envelhecimento da população, que tem contribuído para o aumento nos casos de câncer de uma forma em geral. E há também uma pontual diminuição no número de vagas nas redes estadual e municipal. É o que faz com que esses pacientes acabem sendo absorvidos pela rede federal, que, mesmo com dificuldades, acolhe o paciente e presta um serviço com qualidade”, pondera a médica.
Por Aluízio de Azevedo, da Ascom/MS/RJ
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