Notícias
Saúde Indígena
Técnicos da Saúde Indígena são capacitados em Gestão de Insumos Antimaláricos
Técnicos de saúde que atuam diretamente no controle de endemias de 25 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), da Região da Amazônia Legal, estão sendo capacitados pelo Ministério da Saúde em Gestão de Insumos Antimaláricos. A oficina, que se encerra nesta sexta-feira (26), acontece em Brasília (DF) e tem como objetivo discutir a organização e adequação de fluxos logísticos e metas para o combate à malária em todo país.
“As discussões estão centradas basicamente em três insumos estratégicos: Inseticidas para combater o mosquito vetor; testes rápidos para o diagnóstico imediato; e medicamentos para assistência”, explica o enfermeiro Hernani Santos, que é referência técnica em Malária da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI). No tocante à organização de novos fluxos para gestão de insumos antimaláricos, a oficina discute uma proposta logística que viabilize o contato mais direto e efetivo entre os DSEIs e o Ministério da Saúde para aquisição desses insumos.
“Estamos procurando um caminho, onde esses insumos não precisem passar pelo estado, em seguida pelo município, até chegar ao DSEI”, complementa Hernani. Ainda de acordo com ele, a participação dos 25 DSEIs que estão localizados na Amazônia Legal deve ser avaliada como estratégica, já que em 19 deles a Malária é considerada endêmica para todos os meses do ano. “Um bom trabalho de combate à malária se faz com diagnóstico rápido, medicamentos para o tratamento e profissionais capacitados para identificar e intervir”, ressalta o enfermeiro. Para o agente de combate a endemias, Reginaldo Freitas da Silva, que trabalha há nove anos no DSEI Yanomamai (RR), o curso está sendo uma excelente oportunidade de trocar experiências e conhecer outras realidades.
“Esta é a primeira vez que participo de um curso como este. Estas discussões em coletivo nos ajudam bastante a conhecer o trabalho de colegas de outros lugares, as dificuldades enfrentadas, bem como nos ajudar a entender como deve ser a organização dos fluxos”.