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Oficina debate desafios e lições do combate ao Aedes aegypti
Promovida pela Sala Nacional de Coordenação e Controle, encontro reúne representantes do Ministério da Saúde e outros órgãos para discutir ações contra o mosquito
O Governo Federal realiza, nos dias 24 e 25 de agosto, oficina para discutir as ações desenvolvidas pela Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) na mobilização e combate ao Aedes aegypti em todo o país. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, participou da abertura nesta quarta-feira (24), em Brasília, para debater as medidas criadas para intensificar o enfrentamento ao mosquito.
Para o ministro, apesar dos bons resultados dos esforços para evitar a proliferação do mosquito, é necessário manter a mobilização para diminuir ainda mais o número de casos de dengue, Zika e chikungunya. “Esperamos que agora, com a chegada do verão, todos se mantenham alertas para que possamos avançar de forma muito determinada para a contenção dessa epidemia”, afirmou Barros.
O encontro contará com a presença dos coordenadores das salas estaduais de controle e secretários-executivos das demais pastas que compõem a sala, além de representantes do CONASS, CONASEMS, Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), entre outras autoridades.
“O combate ao mosquito Aedes aegypti não pode ser interrompido, independente do período que estejamos atravessando”, destacou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antônio Nardi. O objetivo é, por meio da troca de experiências, discutir as ações do primeiro semestre e traçar os próximos passos no enfrentamento ao vetor da Zika, dengue e chikungunya, além de apresentar os avanços nos setores de pesquisa, atenção à saúde e mobilização do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia.
A SNCC é coordenada pelo Ministério da Saúde e também é composta por representantes dos ministérios da Defesa, Integração, Educação, Desenvolvimento Social e Agrário, Casa Civil e Secretaria de Governo. Atualmente, todos os estados e o Distrito Federal possuem salas estaduais e 1.620 municípios implantaram a mesma estrutura local. Os estados continuam monitorando as visitas aos imóveis e participando das videoconferências com a organização nacional.
No primeiro semestre de 2016, a Sala Nacional atuou junto às 27 Salas Estaduais, orientando e fomentando os quatro ciclos de visitas aos imóveis públicos e privados no Brasil. A sala também articulou o debate intersetorial sobre questões como desmanche de vagões abandonados, eliminação de resíduos sólidos e abastecimento e armazenamento de água.
Entre julho e dezembro, também estão previstas ações focadas na remoção de resíduos sólidos, como mutirão para recolhimento de pneus, e manutenção das parcerias com Banco do Brasil, Caixa Econômica, Ministério do Meio Ambiente, Ministério das Cidades e Funasa, além das atividades que visam a eliminação de possíveis criadouros.
MOBILIZAÇÃO - O Ministério da Saúde tem reunido esforços no combate ao Aedes aegypti, convocando o poder público e a população. O governo federal mobilizou todos os órgãos federais para atuar conjuntamente neste enfrentamento, além da participação dos governos estaduais e municipais. Neste ano, diversas ações foram organizadas em parceria com outros órgãos e entidades, como a mobilização que contou com 220 mil militares das Forças Armadas; a mobilização nas escolas, que marcou o início do ano letivo com instruções aos alunos de como prevenir as doenças transmitidas pelo Aedes; além da faxina promovida pelo Governo Federal com servidores públicos, cujo objetivo foi inspecionar e eliminar possíveis focos do mosquito nos prédios públicos.
No quarto ciclo da campanha contra o vetor (entre maio e junho), as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti alcançaram 82,5% dos imóveis brasileiros. Foram 46,7 milhões de domicílios, prédios públicos, comerciais e industriais efetivamente vistoriados, além de 8,6 milhões de estabelecimentos que estavam fechados ou houve a recusa para acesso.
Em todo o país, as visitas aos imóveis contam com a participação permanente de 266,2 mil agentes comunitários de saúde e 49,2 mil agentes de controle de endemias, bem como com o apoio das Forças Armadas. Juntam-se, ainda, profissionais de equipes destacados pelos estados e municípios, como membros da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros.
Por Camila Bogaz e Juliana Hack, da Agência Saúde
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