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Ministério libera recursos para qualificar formação em saúde
Em julho, foram destinados R$ 2 milhões para projetos que integra ensino, serviço e comunidade em todo país
O Ministério da Saúde liberou no mês de julho, R$ 2 milhões para o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), que possibilita a inserção de estudantes e promove a integração de ensino, serviço e comunidade. O recurso vai beneficiar 3.561 bolsistas e 105 projetos distribuídos em 24 estados e no Distrito Federal. O Edital tem vigência de maio de 2016 a abril de 2018, sendo que este valor será pago mensalmente aos bolsistas que desenvolverem atividades neste período.
Os 105 projetos beneficiados foram selecionados por meio de uma chamada pública. São projetos desenvolvidos pelas Secretarias Municipais e/ou Estaduais de Saúde em parceria com as Instituições de Ensino Superior (IES) públicas ou privadas, sem fins lucrativos, que oferecem cursos de graduação na saúde.
O PET-Saúde atua incentivando a integração ensino-serviço-saúde, por meio da inserção de docentes e estudantes de graduação na rede pública de saúde, de forma que as necessidades dos serviços seja fonte de produção e conhecimento e pesquisa nas instituições de ensino.
No município de Arapiraca (AL), o projeto da Universidade Federal de Alagoas identificou como pontos prioritários a necessidade de avançar no processo de implementação das mudanças curriculares dos cursos da saúde (ciências biológicas, educação física, enfermagem, medicina, psicologia e serviço social) que já estavam em curso e a oportunidade de integrar o curso de medicina, que iniciou sua primeira turma em janeiro de 2016, aos demais cursos da saúde e a rede de atenção.
Segundo a coordenadora, Maísa Márcia Oliveira, as atividades começaram em maio e beneficiarão 66 bolsistas e 25 voluntários. “Os alunos terão uma experiência na área do SUS, e quem sai beneficiado é o usuário do sistema de saúde”, contou. Maísa ainda relata que as mudanças curriculares são sugeridas pelos próprios estudantes, que propõem as mudanças, com base na realidade local. Em Arapiraca, os problemas de saúde mais frequentes são as doenças crônicas como hipertensão, câncer, diabetes, além de acidentes de moto e carro, que vem aumentando.
Outro projeto do PET-Saúde envolve a parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e a Universidade Federal de Minas Gerais que priorizaram os cursos de farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina, psicologia e saúde coletiva. Beneficiando seis grupos com 72 bolsistas, a proposta integra ensino-serviço-comunidade. “Os alunos ficam nas unidades básicas de saúde e núcleos de saúde da família observando os fluxos da atenção básica para poder contribuir dentro da universidade”, conta Amanda de Faria, coordenadora da Secretaria Municipal de Saúde. Ao fim dos dois anos, haverá a qualificação da integração e as mudanças curriculares alinhadas às diretrizes curriculares nacionais.
Em Florianópolis, uma parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina e a Universidade do Estado de Santa Catarina, tem foco na discussão das diretrizes curriculares nacionais da enfermagem, fisioterapia, medicina, nutrição e odontologia e prevê a consolidação de alguns aspectos da formação da rede docente assistencial, integrando os principais cursos da área da saúde das duas maiores universidades públicas da região. Propõe, também, fomentar a discussão envolvendo discentes, docentes, controle social, gestores e preceptores, sobre a qualificação da integração ensino-serviço-comunidade.
Por Carolina Valadares, da Agência Saúde
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