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Ministério da Saúde participa de ação contra o Aedes aegypti nas escolas
Iniciativa visa mobilizar estudantes, professores, familiares e toda a comunidade escolar para, juntos, combater o Aedes aegypti e trabalhar na manutenção de ambientes limpos
Como parte da mobilização contra o mosquito Aedes aegypti no ambiente escolar, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, participou nesta quarta-feira (6) da Semana da Família na Escola, em parceria com o Ministério da Educação. O ministro visitou o Centro de Ensino Fundamental Agrourbano Ipê, localizado no Riacho Fundo (DF). A ação, promovida entre 4 e 9 de abril, envolve estudantes, profissionais da educação e familiares de todo o sistema educacional brasileiro, com destaque para os 223 municípios considerados prioritários para o combate ao Aedes aegypti.
“Para intensificar a mobilização contra o Aedes aegypti em todo território nacional estamos envolvendo todos os alunos nesse combate. O que se aprende na escola, se compartilha em casa. Precisamos motivar a comunidade escolar a ter acesso a todas as informações necessárias no combate e à adoção de práticas para a manutenção do ambiente escolar e residencial, limpos e seguros”, ressaltou o ministro.
O objetivo é aproveitar a Semana da Família na Escola como uma oportunidade de orientar os alunos e toda a comunidade escolar para as ações de prevenção ao mosquito transmissor do Zika, dengue e chikungunya, além de desenvolver atividades relacionadas ao tema, como a realização de oficinas e exposições. Os alunos serão ensinados sobre as medidas que visam evitar o acúmulo de lixo e água parada. Também serão distribuídos materiais informativos e didáticos sobre o tema.
As salas estaduais de coordenação e controle no enfrentamento ao Aedes aegypti também estão envolvidas na realização das ações educativas. Alguns estados irão participar com mutirões de limpeza nas unidades escolares, distribuição de material informativo, realização palestras, entre outras atividades.
Em todo o Brasil, 4.046 casos suspeitos de microcefalia estão em investigação, de acordo com o boletim divulgado nesta terça-feira (5) pelo Ministério da Saúde. Desde o início das investigações, em outubro de 2015, até 2 de abril – foram 6.906 notificações em 1.307 municípios de todas as unidades da federação. Dos casos já concluídos, 1.814 já foram descartados e 1.046 foram confirmados para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. O Distrito Federal registrou 37 casos suspeitos de microcefalia, sendo quatro casos confirmados, 32 descartados e um em investigação.
MOBILIZAÇÕES – As ações de mobilização em todos os setores e esferas públicas fazem parte de um dos eixos do Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à Microcefalia, lançado em dezembro de 2015 pela presidenta Dilma Rousseff. A ideia é aproveitar o conhecimento, recursos humanos e outros tipos de apoio para integrar as ações de combate ao mosquito, ampliando a mobilização para além do setor de saúde.
Em março deste ano, o Ministério da Saúde também participou da Semana Saúde na Escola. Em todo o país, mais de 18 milhões de estudantes em 4.787 municípios estiveram envolvidos em atividades com a comunidade escolar e equipes de saúde da Atenção Básica, fortalecendo a mobilização no combate ao mosquito Aedes aegypti.
Ao longo do ano, serão disponibilizados R$ 83 milhões para as 78 mil escolas que fazem parte do Programa Saúde na Escola. O objetivo é mobilizar as equipes das escolas e das unidades de saúde, familiares e comunidades, todos que fazem parte da rotina dos educandos. As atividades abrangem desde a educação infantil à Educação de Jovens e Adultos (EJA). Criado em 2007 pelo governo federal, o Programa Saúde na Escola é uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação para promover a melhoria da qualidade de vida dos estudantes da rede pública de ensino.
Também no mês de março, o ministro participou da mobilização em todos os prédios da administração pública para enfrentamento ao Aedes aegypti. A iniciativa contou com a checagem das instalações prediais em busca da eliminação de possíveis focos e serviu para intensificar as vistorias nos imóveis federais, que já vêm sendo realizadas nos prédios públicos de forma permanente desde o dia 29 de janeiro. A atividade contou com a participação de todos os órgãos do Governo Federal, envolvendo ministros, presidentes de empresas, bancos públicos e autarquias.
No dia 13 de fevereiro, foi realizado o Dia Nacional de Mobilização contra o Aedes aegypti¸ quando ministros e gestores públicos vistoriaram 2,8 milhões de imóveis, em 428 municípios do País. A ação contou com 220 mil integrantes das Forças Armadas, em conjunto com os agentes comunitários de saúde e os agentes de controle de endemias.
Ainda em fevereiro ocorreu a Mobilização Nacional da Educação Zika Zero, em parceria com os estados e municípios. Na ocasião, ministros, governadores, secretários de educação municipais e estaduais, além de outras autoridades e militares das Forças Armadas, percorreram as capitais brasileiras e 115 municípios no combate ao mosquito, aproveitando o período de volta às aulas para incluir as comunidades escolares nas ações de combate e prevenção ao mosquito.
VISITAS DOMICILIARES –O primeiro ciclo da mobilização nos imóveis, entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais, com a soma de 59 milhões visitados, sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve recusa para o acesso. No Distrito Federal, foram realizadas 905,4 mil visitas aos imóveis no período, 97,3% do total. Destes, 803,8 mil imóveis foram efetivamente visitados pelas equipes de combate ao mosquito e 101,6 mil estavam fechados ou foi recusado o acesso.
No segundo ciclo da campanha contra o vetor, iniciado em março, as equipes de combate ao mosquito Aedes aegypti já alcançaram 27,7 milhões de imóveis brasileiros. Dos 5.570 municípios brasileiros, 4.679 já registraram as visitas no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR).
Da Agência Saúde
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