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Saúde Indígena
Equipes do Polo Base de Guajará-Mirim participam de seminário sobre atenção básica
O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Porto Velho, em Rondônia, concluiu o 1º Seminário da Atenção Básica em Saúde Indígena para os 40 profissionais que integram as sete equipes multidisciplinares do Polo Base de Guajará-Mirim (RO), responsável pelas ações e serviços de saúde para uma população de 5.607 indígenas. Médicos, técnicos de enfermagem e enfermeiros, dentre outros trabalhadores, participaram da atividade. Outros cinco Polos Base pertencentes ao DSEI Porto Velho também receberão o seminário.
“O objetivo foi promover a reflexão dos profissionais sobre a relação entre saúde e doença, além de discutir conceitos básicos, contextualizar aspectos culturais e a integralidade da atenção primária, para que eles possam atender aos indígenas de forma mais especializada”, explica o coordenador distrital Weslhey Valani de Paula.
A vice-presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi) Porto Velho, Olívia Cabixi, ficou satisfeita com o seminário. “Foi bastante educativo. Espero que aconteçam outros, pois cada profissional precisa estar sempre se aperfeiçoando no conhecimento do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena”.
O chefe substituto da Casa de Saúde Indígena (Casai) de Guajará-Mirim, José Deir, também aprovou a iniciativa. “Os exemplos apresentados se encaixam perfeitamente à realidade do nosso Polo Base e, sem dúvida, nos levarão a refletir sobre todos os nossos conceitos, posturas e relações interpessoais que interferem diretamente no trabalho com os povos indígenas”, disse José.
Durante o seminário ministrado pela professora doutora Wilma Suely Batista, do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Rondônia (UNIR), foram abordados temas como o histórico das explicações culturais para o adoecimento, a ampliação do conceito de saúde e doença e as perspectivas e desafios no trabalho das equipes.
“Acredito que a realização desse primeiro seminário será um marco na formação e na visão do profissional que trabalha com a saúde indígena, desmistificando preconceitos e construindo uma forma de cuidar voltada para as reais necessidades das nossas comunidades”, conclui o coordenador Weslhey.
Por Graziela Oliveira
Fotos: Acervo / DSEI Porto Velho