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Into organiza lista e aumenta cirurgias em 40%
Mapeamento formulado pelo Instituto e por especialistas da Engenharia de Produção da UFRJ foi fundamental para o desempenho
O Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into), órgão do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, registrou um crescimento de 41% no número de cirurgias diárias realizadas no primeiro semestre deste ano pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O aumento é resultado do estudo feito pelo Instituto com a Coordenação de Programas de Pós-graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/UFRJ) que realizou um mapeamento para otimização das 21 salas de cirurgia do Into, aumento da rotatividade dos 321 leitos e análise criteriosa da fila de espera.
A média de cirurgias registradas na primeira metade do ano foi de 45 cirurgias/dia, um recorde do Instituto. Em 2014, foram realizadas cerca de 30 a 32 por dia, em média. Em 2015, 36% das intervenções cirúrgicas foram de alta complexidade – cirurgias que demandam não apenas tempo prolongado de execução e de internação, como também alto nível de capacidade técnica.
“Com o estudo, quantificamos o número e tipos de cirurgias que precisamos realizar diariamente, relacionando esses dados com a demanda de pacientes para cada um dos diferentes procedimentos cirúrgicos. Estamos priorizando as cirurgias para as quais a demanda do Into é maior, como as próteses de quadril e de joelho e as cirurgias de coluna”, ressalta o diretor geral do Into, João Matheus Guimarães.
O resultado do primeiro semestre foi apresentado à Justiça Federal, com a qual o Instituto fechou acordo para realizar 10,5 mil cirurgias ortopédicas em 2015. Em 2014, o Into realizou 7.560 cirurgias.
MAPEAMENTO NA PRÁTICA – O Into adaptou seus processos de trabalho para reduzir o tempo de espera para as cirurgias. O trabalho conjunto já dura um ano e possibilitou a formulação de um modelo próprio para o Instituto, que leva em conta quatro aspectos – número de pacientes que entram na fila a cada ano, número de cirurgias realizadas, número de pacientes que saem da fila anualmente e a capacidade estrutural do Into, que conta com 100 cirurgiões ortopédicos, entre os 544 médicos.
As 5.074 cirurgias realizadas na sede do Into no primeiro semestre somam-se às outras 87 realizadas nos mutirões de especialistas do Instituto deslocados temporariamente para os estados do Acre e Rondônia, no Projeto Suporte. Ou seja, as cirurgias do Into chegaram a 5.161. No mesmo período, houve a entrada no sistema de novas 4.105 cirurgias. O saldo, ainda assim, é positivo.
“Queremos diminuir para dois anos o tempo máximo de espera para procedimentos de maior demanda. É o tempo estimado atualmente em países como a Inglaterra e o Canadá”, declarou a coordenadora de Planejamento do Into, Germana Bahr, que comanda o estudo pela instituição.
Todos os dias há entrada de mais pacientes via Central de Regulação do Estado do Rio de Janeiro. A Central Nacional de Regulação de Alta Complexidade também encaminha pessoas de outros estados. Nesse contexto, o estudo do Into com a COPPE/UFRJ segue com um novo objetivo: informar a cada paciente, no momento em que ingressar na fila, o tempo que precisará esperar para a cirurgia eletiva. A expectativa é que a ação seja lançada em 2016.
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