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Saúde Indígena
Equipes do DSEI Potiguara mobilizam indígenas para o Novembro Azul
Para conscientizar os indígenas que vivem na região do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Potiguara a respeito das doenças masculinas, os profissionais do DSEI promoveram uma série de atividades para lembrar o Novembro Azul, como é conhecido o mês dedicado à saúde do homem, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. A ação ocorreu no ginásio de esportes da cidade de Marcação (PB) e contou com a participação de aproximadamente 150 pessoas, entre profissionais de saúde e indígenas.
“O evento atingiu o objetivo. Foi gratificante ver os indígenas utilizando os serviços de saúde, tirando dúvidas, questionando sobre os programas e ainda solicitando que ações como essa sejam levadas para as aldeias e que não aconteçam somente no mês de novembro”, explica a Responsável Técnica pelo programa de Saúde do Homem do distrito, Jaira Alana.
Foram ofertados serviços de saúde, como aferição de pressão arterial, teste de glicemia, distribuição de preservativos, avaliação nutricional e palestra sobre câncer de próstata. A ação foi finalizada com um torneio de futebol. Os indígenas se dividiram em quatro times, formados por moradores dos Polos Base de Baía da Traição e de Marcação, e das aldeias Jacaré de Cesar e Estiva Velha. O time da Baía da Traição foi o vencedor e, em 2º lugar, ficou o time de Marcação.
Atualmente, o DSEI Potiguara atende 3.203 homens entre 20 e 59 anos. As principais doenças que atingem a população masculina, segundo informações da equipe do distrito, são hipertensão e parasitose intestinal.
Para Heitor Régis, indígena do Polo de Baia da Traição, o evento dedicado ao Novembro Azul foi ainda mais especial. “Nessa campanha, eu descobri que estava com pressão alta, um problema silencioso que eu nem imaginava porque não sentia nada. Desde então, estou recebendo acompanhamento da equipe de saúde do DSEI e de um cardiologista, orientação de como me alimentar bem e fazer uso correto da medicação. Se não fosse essa campanha, eu teria levado mais tempo para identificar essa doença. Agradeço aos profissionais do distrito que se empenharam para realizar este evento que me ajudou a perceber o problema antes de acontecer algo mais grave”.
Por Graziela Oliveira
Fotos: Acervo/DSEI