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Saúde Indígena
DSEI Interior Sul promove capacitação em aconselhamento para testagem em HIV
Profissionais de saúde dos Polos Base de José Boiteux e Florianópolis participam, na próxima segunda-feira (12), de uma oficina de capacitação em aconselhamento para testagem em HIV. Ao todo, 22 trabalhadores do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS) farão o curso. Segundo as organizadoras da oficina, a enfermeira Kátia Gustmann e a pedagoga Natasha Damiani da Rosa, ambas do Núcleo de Apoio à Saúde Indígena (Nasi) do distrito, o evento tem o papel de preparar os profissionais para que além do conhecimento técnico da aplicação dos testes, eles possam saber como aconselhar, acompanhar e explicar aos indígenas a importância dos testes rápidos.
Natasha relata que, já no primeiro semestre do ano passado, o DSEI recebeu os kits dos testes rápidos de Sífilis e HIV e, desde então, o trabalho tem sido de capacitar multiplicadores para que as ações de saúde sejam desenvolvidas com efetividade nas aldeias. “Buscamos parcerias com municípios e estados para promover capacitações. Nesse caso, a parceria é com o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Florianópolis e estamos oferecendo uma oportunidade para os profissionais que ainda não foram capacitados”, explica a pedagoga.
Kátia lembra que a capacitação em aconselhamento é apenas uma das etapas no trabalho de combate às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs). Além disso, o profissional deve ter a capacitação também para realizar os testes e principalmente para saber como estabelecer diálogo com as lideranças indígenas de cada aldeia, como forma de conscientizar a importância do trabalho ser desenvolvido nas comunidades indígenas. “A oficina irá fazer o profissional repensar a sua prática e suas atividades. Ele deve fazer isso de forma espontânea, após as discussões e as dinâmicas feitas durante a oficina”, comenta Kátia.
Parcerias
Natasha diz que a parceria firmada com o CTA de Florianópolis não deve ser vista apenas como uma ação pontual para a realização da oficina. “Nós temos que ter esse vínculo com os CTAs. O profissional de saúde indígena tem que conhecer este ambiente, saber como funciona, porque em um caso positivo diagnosticado é nesse local que o indígena receberá parte do tratamento”.
As profissionais do distrito disseram que a demanda pelos testes rápidos é crescente por parte das lideranças indígenas, que procuram as equipes e pedem para que os testes sejam feitos em suas aldeias. Por isso, na visão das profissionais, o DSEI tem a missão de capacitar todos os trabalhadores da saúde indígena que convivem com essa realidade.
No final da oficina, os profissionais envolvidos deverão fazer um planejamento das atividades a serem desenvolvidas nas aldeias. Kátia e Natasha afirmam que o DSEI Interior Sul espera no futuro ampliar as capacitações e incluir experiências como a do Jovem Multiplicador na rotina de trabalho da saúde indígena.