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Saúde Indígena
Dois novos Polos Base vão reforçar atendimento no Médio Rio Purus
As equipes do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Médio Rio Purus, no Amazonas, continuam empenhadas em ampliar sua atuação e qualificar ainda mais a assistência prestada aos quase oito mil indígenas que vivem naquela região. Nesse sentido, dois novos Polos Base serão inaugurados neste mês: um na aldeia São Francisco, no município de Lábrea (AM), onde vivem 350 índios da etnia Jamamadí; outro na aldeia Marrecão, em Tapauá (AM), beneficiando 667 indígenas da etnia Dení.
“Como não dispomos de Unidades Básicas de Saúde Indígena (UBSI) nas aldeias, os Polos Base funcionarão como referência no atendimento de saúde aos índios da área de abrangência do DSEI. Além disso, eles também serão um polo administrativo, servindo de apoio para que as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena possam concentrar as informações de saúde num único local”, explica Jeferson Caldas, coordenador do distrito.
As equipes multidisciplinares permanecem nas aldeias, em média, por 30 dias e realizam procedimentos de atenção básica. Em alguns casos, os novos Polos Base poderão ser utilizados por pacientes em observação e que vivem em aldeias distantes, bem como por aqueles que serão referenciados para outras cidades. Além disso, as unidades também servirão de alojamento para as equipes de saúde. “Já está sendo providenciada a aquisição de todos os equipamentos e de um bote com motor, embarcação que fará o transporte das equipes nas visitas domiciliares e em eventuais emergências”, acrescentou Jerfeson.
Um total de 14 profissionais integra a equipe multidisciplinar do Polo Base São Francisco, enquanto outros 15 vão atuar no Polo Marrecão. O valor do investimento da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) na construção desses e de outros dois Polos Base inaugurados no final do ano passado – Crispim e Iminaã – somam mais de R$ 300 mil.
Logística
O chefe do Serviço de Edificações e Saneamento Ambiental Indígena do DSEI Médio Rio Purus, Francisco Lima, comentou sobre mudanças que foram necessárias durante a execução das obras, justamente por dificuldades logísticas para a construção do Polo Base que atenderá a aldeia São Francisco. “A madeira, por exemplo, utilizada para erguer a estrutura daquela unidade foi retirada do próprio local. A distância da cidade até o lugar onde foi erguido o Polo é enorme e o trajeto é de difícil acesso. Isso aumentaria consideravelmente o custo com transporte”, relatou.
Por Graziela Oliveira