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Saúde Indígena
Aldeia indígena Kariri Xocó ganha farmácia viva de plantas medicinais
Comunidades indígenas das etnias Kariri Xocó e Wassu Cocal, do Polo Base Kariri Xoco, em Porto Real do Colégio (AL), estão sendo beneficiadas com a implantação de uma farmácia viva, de cultivo de plantas medicinais, como uma alternativa à substituição de medicamentos alopáticos. O plantio das plantas foi iniciado neste mês de maio e segue até junho próximo. O trabalho de implantação do projeto envolve a equipe multidisciplinar da Divisão de Atenção à Saúde Indígena (DIASI) do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alagoas /Sergipe, além da colaboração de lideranças indígenas e moradores da aldeia. O objetivo do projeto, como destaca o farmacêutico do Polo Base, Frank Abreu, é manter a união e o fortalecimento da comunidade indígena, conservando vivas as suas tradições no cultivo e utilização de plantas medicinais. “É de primordial importância a implantação do projeto para o resgate e manutenção da cultura de ervas para tratamento de doenças. Com isso, criamos o hábito saudável de evitar a automedicação e o uso racional de medicamentos industrializados”, ressaltou o farmacêutico.
Aldeia Jaraguá (PB)
Ampliar o cultivo de ervas medicinais, conservando a cultura e as tradições na saúde indígena, é um projeto que reforça a finalidade do trabalho cotidiano de lideranças indígenas e pajés em diversas aldeias pelo Brasil. Na Paraíba, por exemplo, uma aldeia assistida pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Potiguara promove o uso de plantas medicinais na comunidade Jaraguá, no Polo Base de Rio Tinto (PB). Criado em 2012, o grupo e acolhe representantes de mais duas aldeias: Três Rios, no mesmo Polo base, e aldeia Forte, no Polo Base de Baia da Traição (PB). A aldeia Jaraguá e o trabalho de resgate de plantas medicinais foram motivos de um documentário, no ano passado, produzido por estudantes de jornalismo de uma faculdade de João Pessoa (PB).
Por João Bosco Araújo
Foto: Acervo / DSEI Alagoas /Sergipe