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Saúde Indígena
Equipes de saúde do DSEI Porto Velho participam de curso sobre hepatites virais
O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Porto Velho, em parceria com a Coordenação de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e Hepatites Virais da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) de Rondônia, realizou um curso básico de Vigilância Epidemiológica em Hepatites Virais. Vinte profissionais - enfermeiros, técnicos de enfermagem, médicos e odontólogos das equipes multidisciplinares de saúde indígena do Polo Base Alta Floresta - participaram da capacitação realizada no município de Alta Floresta D’Oeste (RO).
“Durante a programação, debatemos os tipos de hepatites, suas formas de transmissão e as medidas preventivas. Os participantes aprenderam também a identificar e interpretar as características de cada tipo de vírus causador das hepatites”, aponta a enfermeira Raquel Gil, referência técnica em Educação Permanente no DSEI Porto Velho.
Hoje, no Polo Base de Alta Floresta, existem 25 casos diagnosticados, sendo 23 do tipo B e dois do tipo D. “A hepatite B é transmitida principalmente através de relações sexuais e contato sanguíneo, seja por meio do compartilhamento de objetos contaminados, procedimentos cirúrgicos e odontológicos sem a adequada higienização ou até mesmo da mãe para o filho durante o parto”, explica Raquel.
O chefe do Polo Base Alta Floresta, Rosinaldo Lucena de Lima, acredita que a capacitação trará impactos bastante positivos. “Agora, podemos criar estratégias para diminuir a incidência da doença aqui na região. Nossas equipes estão empenhadas em realizar ações pontuais para controlar os casos de hepatites e melhorar a saúde das comunidades indígenas”, disse.
Quando um indígena é diagnosticado com hepatite, as equipes multidisciplinares se encarregam de encaminhá-lo à rede de atendimento municipal de referência para a região. No entanto, durante todo o tratamento, o paciente é acompanhado pelos profissionais da aldeia.
“O DSEI Porto Velho tem priorizado a realização de capacitações como esta nos polos base onde há casos confirmados e notificados. Qualificar os profissionais é essencial para melhorar o acompanhamento e monitoramento dos portadores do vírus da hepatite”, finaliza o coordenador interino do distrito, Antônio José de Ribamar Monteiro.
Por Graziela Oliveira
Fotos: Acervo - DSEI Porto Velho