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Saúde Indígena
Combate à malária ganha reforço laboratorial no Alto Rio Solimões
Para reduzir a incidência de malária no Alto Rio Solimões, o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) daquela região realizou um curso de atualização para 16 microscopistas e técnicos de laboratório dos polos base Belém do Solimões e Umariaçu I e II. A ação, realizada na cidade de Tabatinga, no Amazonas, resulta de uma parceria com a Secretaria Municipal de Saúde e com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen) de Manaus.
“O Distrito possui uma equipe de dez agentes de endemias. Eles são responsáveis por diversas ações de combate à doença, como borrifação, distribuição de mosquiteiros, controle de criadouros e promoção de atividades de educação em saúde, além de um tratamento supervisionado pela equipe multidisciplinar de cada polo”, explica a responsável técnica do Programa de Malária no DSEI, Renilce Martins.
Durante o curso foram abordadas questões como biossegurança, características da malária e Doença de Chagas, normas para tratamento, noções de microscopia, orientações para coleta e testes rápidos. O microscopista Joselino Farias Filho destacou a especificidade e relevância do conteúdo. “As equipes conseguiram repassar todas as informações de maneira simples e prática. Sem dúvida, vai nos ajudar a obter um diagnóstico mais preciso”, pontuou.
Este ano, além dos polos base Belém do Solimões e Umariaçu I e II, o curso de atualização também foi realizado nos polos pertencentes aos municípios de Benjamin Constant (Filadélfia e Feijoal) e São Paulo de Olivença (Vendaval, Campo Alegre e SPO-Sede). Em 2014, foram diagnosticados 2.789 casos de malária na área de abrangência do DSEI Alto Rio Solimões. De janeiro a maio deste ano, as equipes de saúde registraram 976 casos.
Por Graziela Oliveira
Foto: Acervo / DSEI Alto Rio Solimões