Notícias
Saúde Indígena
Profissionais de Vigilância em Óbito são capacitadas no DSEI Rio Tapajós
O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Rio Tapajós, no Pará, realizou uma oficina de capacitação em Vigilância do Óbito, ação em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde. Vinte e três profissionais de municípios que estão na área de abrangência do distrito – Jacareacanga, Novo Progresso, Itaituba e Trairão – participaram da atividade. As equipes integram o Grupo Técnico de Vigilância em Óbito naquela região.
“A vigilância de óbitos compreende, principalmente, o entendimento das causas das mortes maternas e de mulheres em idade fértil, infantil e fetal. Identificando com precisão as causas que levam a esses óbitos, podemos propor medidas de prevenção e controle. O esforço também é no sentido de melhor orientar nossos profissionais para as ações de intervenção”, afirma a coordenadora do DSEI, Cleidiane Carvalho.
Esta foi a primeira capacitação voltada para o Grupo Técnico de Vigilância em Óbito, criado no ano passado. A programação abordou questões diversas sobre a investigação e o acompanhamento de casos, além de orientações para o preenchimento de dados no Sistema de Informação de Nascidos Vivos em Áreas Indígenas (SINASCWEB) e no Sistema de Informação de Mortalidade em Áreas Indígenas (SIMWEB).
“O curso foi importante para avançarmos a cada dia no processo de investigação. O estudo de casos e a melhor compreensão das causas permitem que a gente crie estratégias e consiga reduzir o número de óbitos na população indígena”, comenta a nutricionista Maria Eliane Gonçalves, membro do Grupo Técnico.
INVESTIGAÇÃO
A coordenadora do DSEI explica que, após a emissão da Declaração de Óbito de um indígena, o processo de investigação da causa se dá por meio da coleta de informações feita pelas equipes. Os dados são posteriormente enviados a uma responsável técnica que se reúne com o GT para discutir o caso e elaborar um parecer com as indicações.
“Estamos trabalhando incansavelmente para melhorar nossos indicadores de saúde. Agora que os profissionais estão capacitados, poderão fazer as considerações e recomendações necessárias sobre o tema. Também vamos trabalhar para fortalecer o vínculo entre o DSEI e os municípios, pois a investigação de óbitos pode ir muito além das fronteiras das aldeias”, conclui Cleidiane.
Por Graziela Oliveira
Fotos: Acervo / DSEI Rio Tapajós