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Saúde Indígena
Profissionais avaliam atuação do Programa Mais Médicos na saúde indígena
A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) está avaliando a participação técnica dos profissionais inseridos no Programa Mais Médicos. A pesquisa amostral foi aplicada em 28 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs), com 81 médicos - 22,82% do universo total. Um questionário auto aplicado foi ministrado no mês de maio e será reaplicado semestralmente. Os DSEIs são unidades descentralizadas da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) distribuídos nas cinco regiões do país.
“Queremos avaliar as diferenças regionais e os avanços do Programa. Portanto, a pesquisa será aplicada com o mesmo universo amostral, a cada seis meses”, explica Arial Delgado Ramos, um dos responsáveis pela pesquisa da OPAS.
A expectativa era conhecer como os profissionais se sentem em relação ao trabalho no Brasil e na saúde indígena, se e como estão integrados às equipes e aos territórios e sua satisfação profissional. Ademais, foram avaliadas as condições de trabalho e como a atenção à saúde vem sendo desenvolvida nos DSEIs.
Resultados da pesquisa foram apresentados ao secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves de Souza, e a outros gestores da Pasta. “Trata-se de uma oportunidade para vários outros estudos e pesquisas entre a Sesai e a OPAS. A partir desses resultados é possível avançar em respostas para fortalecer a gestão da Secretaria”, avalia Maria Angélica Gomes, da equipe da Organização Pan-Americana da Saúde.
Satisfeito com os resultados apresentados, o secretário Antônio Alves garante que a pesquisa possibilitará um direcionamento assertivo sobre as ações, dentro da Sesai, vinculadas ao Programa. “Essa iniciativa nos mostra um quadro real do Programa Mais Médicos na saúde indígena. Ele nos baliza sobre as melhorias necessárias que devemos implantar na nossa infraestrutura, logística e gestão de insumos médicos”, afirma.
Ele afirma que o estudo deverá ser complementado com outras pesquisas, como a satisfação da comunidade com o atendimento desses médicos. “Também é importante saber como esses profissionais se integram às equipes multidisciplinares e, ainda, como se relacionam com o controle social. São complementos que faremos em um momento posterior”, ressalta Antonio Alves.
Danielle Cavalcante, diretora de Atenção à Saúde Indígena, analisa os resultados e destaca a proximidade dos médicos com a comunidade. “Fico muito feliz em verificar que há um acompanhamento das comunidades muito próximo por parte desses médicos. Eles não fazem somente assistência. O trabalho é, antes de tudo, de promoção e prevenção junto aos indígenas. E eles estão muito satisfeitos com o serviço”.
Por Déborah Proença
Fotos: Alejandro Zambrana / Sesai-MS