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Saúde Indígena
DSEI Guatoc conclui curso de atualização sobre doenças prevalentes na infância
O Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Guamá-Tocantins encerrou o terceiro curso de atualização na estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI), no núcleo do Ministério da Saúde, em Belém (PA). O curso irá contemplar todas as 29 etnias do Distrito, atingindo 1545 indígenas com menos de cinco anos de idade.
"A estratégia AIDPI reforça nosso compromisso com o cuidado, a avaliação, a prevenção e o acompanhamento das nossas crianças indígenas", disse Amanda Rodrigues, enfermeira da Casa de Saúde Indígena (Casai) de Santarém.
Até o momento, 47 profissionais de saúde já foram certificados nas edições anteriores do curso promovido pelo DSEI. Nesta, estão sendo capacitados um médico, três nutricionistas e sete enfermeiros de área que atuam nas aldeias dos Polos Base Capitão Poço, Marabá, Oriximiná, Paragominas, Santarém e Tomé Açu. Além das vagas para trabalhadores distritais, a organização do curso estendeu a oportunidade a trabalhadores da Secretaria de Estado de Saúde do Pará (SESPA).
“O objetivo [do curso] é qualificar os profissionais de área para que seja oferecida uma assistência multidisciplinar mais adequada às crianças menores de cinco anos, foco dessa ação”, explica Perla Corrêa, responsável técnica pelo programa de saúde da criança do Distrito e multiplicadora da estratégia AIDPI na região.
Para a enfermeira do Polo Base Capitão Poço, Naiara Marques, a estratégia reduzirá sobremaneira os óbitos nas aldeias. "Participei desta atualização com o médico do Polo Base para que, juntos, possamos melhorar a qualidade dos atendimentos prestados às nossas crianças. Acredito que, após essa reciclagem, teremos novos subsídios para combater a mortalidade infantil”.
Atenção integrada
Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância (AIDPI) é uma estratégia da Organização Mundial da Saúde (OMS) que permite avaliar os principais fatores que afetam a saúde de crianças menores de cinco anos por meio da identificação precoce de sinais e sintomas. A estratégia aborda, também, o acolhimento integral da família, a compreensão do problema e os procedimentos mais assertivos no combate à doença em questão.
No Brasil, a AIDPI foi adaptada às características epidemiológicas da criança brasileira e às normas relativas à promoção, prevenção e tratamento dos problemas infantis mais frequentes no país.
Por Graziela Oliveira
Fotos: Acervo/DSEI