Notícias
Saúde Indígena
Grupo Técnico em Vigilância do Óbito do DSEI Rio Tapajós faz primeira reunião
O Grupo Técnico em Vigilância do Óbito do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Rio Tapajós realizou a primeira reunião na última semana. O objetivo foi debater a integração sobre as competências do Grupo e a importância destas, como será a forma de trabalho, quais serão os maiores desafitos e quais as estratégias para transpor esses obstáculos. "O programa é um instrumento de avaliação da atenção para que se tenha conhecimento do que está acontecendo epidemiologicamente em uma localidade.
Permite analisar e propôr intervenções para a redução da mortalidade e melhoria dos indicadores, além de promover a qualificação das notificações dos óbitos ocorridos em área indígena", explica a enfermeira responsável técnica pelo Programa de Vigilância do Óbito do DSEI, Patrícia Sousa. A competência dos distritos, no que se refere à investigação de óbitos, é exclusivamente em relação aos eventos ocorridos em aldeias indígenas. "A partir de 2015, o DSEI Tapajós torna-se responsável pela síntese de todos os óbitos ocorridos dentro da área indígena. Até ano passado, como eram os municípios de sua jurisprudência que emitiam as Declarações de Óbitos e as Declarações de Nascidos Vivos, eram eles os responsáveis pelo processo de investigação e encerramento do caso.
Agora, o distrito já dispõe do acesso e alimentação do Sistema de Informação de Nascidos Vivos em áreas indígenas - SINASCWEB e do Sistema de Informações de Mortalidade em áreas indígenas - SIMWEB", disse Patrícia. A enfermeira comenta que após a emissão da Declaração de Óbito inicia-se o processo de investigação pelo enfermeiro do Polo Base. "Ele é quem realiza a coleta de informações, seja na entrevista domiciliar, seja para informações do serviço de saúde ambulatorial. Depois disso, envia os formulários devidamente preenchidos e assinados à Responsável Técnica do Programa, que se reúne com o Grupo Técnico para discutir a ocorrência do óbito e elaborar um parecer com as recomendações necessárias". O próximo passo será fazer uma reunião com os profissionais dos Mais Médicos para estudar sua legislação e saber quais as competências e limitações dentro do Programa de Vigilância do Óbito, além de uma capacitação específica para o Grupo.
"A atuação do Grupo Técnico é de suma importância, seja na análise de todos os óbitos investigáveis, bem como em discussões que permitam uma síntese contundente e recomendações interventoras", conclui Patrícia Formação
o Grupo Técnico em Vigilância do Óbito do DSEI Tapajós é formado por 10 membros: Alderino Cardoso, Chefe da Divisão de Atenção à Saúde Indígena (DIASI); Patrícia Sousa, enfermeira responsável técnica pelo Programa de Vigilância do Óbito; Sandro Waro, Presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi); Lílian Felix e Nayra Calíope, psicólogas responsáveis pelo Programa de Saúde Mental; Márcio Miranda e Alexander Blez, médicos; Maria Eliane Gonçalves,– nutricionista responsável pela Vigilância Alimentar e Nutricional; Karine Reges, enfermeira da DIASI e Jesielita Roma, assistente social.
Por Graziela Oliveira