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Saúde apoia plano de combate ao mosquito da dengue em PE
Marcelo Castro participou de reunião no município de Gravatá (PE). Combater Zika, dengue e chikungunya é prioridade da União, estados e municípios.
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, participou nesta segunda-feira (30) de reunião no município de Gravatá (PE) para debater o Plano Estadual de Enfrentamento das Doenças Transmitidas pelo Aedes aegypti . O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, e o secretário Nacional de Proteção e Defesa Civil, general Adriano Junior, também participaram da discussão, além de gestores locais de Saúde e prefeitos. Com o aumento dos casos de microcefalia, causado pela circulação do vírus Zika em diversos estados do Nordeste, União, estados e municipais se uniram para o combate ao mosquito transmissor do Zika, dengue e chikungunya.
O plano de contingência do Estado de Pernambuco tem como foco a vigilância dos casos e controle do mosquito, assistência aos pacientes, gestão integrada das ações, além da sensibilização e mobilização da população para ajudar no combate aos criadouros. Para isso, serão investidos R$ 25 milhões, sendo R$ 15 milhões para estruturação de centros regionais de atenção às crianças com microcefalia, R$ 5 milhões para o combate ao mosquito e aquisição de equipamentos, e R$ 5 milhões para campanha de mídia.
Para o ministro da Saúde, Marcelo Castro, a união de esforços entre governo e população é a única maneira de combater as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “O SUS só funciona bem se houver sinergia, harmonia entre as ações da União, estados e municípios. Se qualquer um dos três entes se afastar da sua responsabilidade, o sistema não funciona. Assim também ocorre com a população. É necessário destruir os criadouros do mosquito, evitar qualquer quantidade de água acumulada, parada nas casas”, reforçou o ministro.
No domingo (29/11), o governo de Pernambuco decretou estado de emergência para a situação do Aedes aegypti . O Estado foi o primeiro a identificar aumento de microcefalia em sua região, e é o que tem maior número de casos suspeitos da doença. Até 28 de novembro, foram registrados 646 casos nos municípios de Pernambuco. No Brasil, são 1.248 casos suspeitos, identificados em 311 municípios de 14 unidades da federação. Entre o total de casos, foram notificados sete óbitos. Os dados são do Boletim Epidemiológico de Microcefalia atualizado nesta segunda-feira (31) pelo Ministério da Saúde.
PLANO NACIONAL - A Presidência da República determinou a convocação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades, para a formulação de plano nacional do combate ao vetor transmissor, o mosquito Aedes Aegypti. Também estão sendo estimuladas pesquisas para o diagnóstico da doença e frentes de mobilização em regiões mais críticas.
As medidas envolvem, também, ações de comunicação e suporte assistencial, como pré-natal, atenção psicossocial, fisioterapia, exames de suporte e estímulo precoce dos bebês.
Aos gestores e profissionais de saúde, o Ministério da Saúde orienta que todos os casos de microcefalia sejam comunicados, imediatamente, por meio de um formulário eletrônico. Também que sejam reforçadas as ações de prevenção e controle vetorial em áreas urbanas e peri-urbanas, conforme estabelecido nas Diretrizes Nacionais de Programa Nacional de Controle da Dengue.
RECURSOS - Os repasses de recursos do Ministério da Saúde para o combate ao mosquito têm se mantido crescentes ao longo dos anos. Neste ano, o Ministério da Saúde garantiu são R$ 1,25 bilhão do Piso Fixo de Vigilância em Saúde para estas ações. Em 2014, o valor foi de R$ 1,2 bilhão. Em 2011, este montante era de R$ 970,4 mil, o que representa um aumento de 28,8% nos recursos nos últimos cinco anos.
Por Camila Bogaz, da Agência Saúde
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