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Mais de 2,9 mil Agentes Comunitários de Saúde reforçam combate ao Aedes aegypti em Rondônia
Durante as visitas domiciliares, Equipes de Saúde da Família realizarão ações de combate aos criadouros do mosquito e de orientação sobre as doenças transmitidas pelo vetor
As mais de 40 mil Equipes de Saúde da Família de todo o país passarão agora a ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e do Zika. Em Rondônia, 2.926 agentes comunitários de saúde e 375 equipes entrarão em ação em 52 municípios para reduzir a incidência do transmissor dentro dos lares. Esses profissionais vão ajudar no trabalho de busca de criadouros, já realizado nas comunidades pelos agentes de combate a endemias, e darão orientações sobre as medidas de prevenção contras as doenças.
“O envolvimento dos agentes comunitários, dos agentes de endemias, é um esforço no combate ao mosquito e criadouros. Essa integração é fundamental para interromper o desenvolvimento do vetor e, portanto, impedir a infecção pela doença”, destacou o secretário de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame.
São medidas para mobilizar o trabalho de educação dentro das comunidades, além de engajar as famílias para o controle de vetores. As Equipes de Saúde da Família, incluindo os 18.240 médicos do Programa Mais Médicos, vão orientar a população sobre sintomas, riscos e medidas de combate e prevenção contra o mosquito. Os agentes comunitários também vão poder encaminhar os casos identificados como de risco epidemiológico para as equipes de endemias, quando não for possível ação sobre o controle de vetores.
BUSCA ATIVA – As mulheres em idade fértil e casais que desejam engravidar serão orientados sobre os cuidados necessários para evitar infecção pelo vírus Zika durante a gravidez. Os profissionais vão intensificar a busca ativa de gestantes para início oportuno do pré-natal e acompanhar o desenvolvimento dos nascidos com microcefalia. A realização do acompanhamento gestacional, prioritariamente com início no primeiro trimestre da gravidez, é fundamental para a identificação de fatores de risco, entre eles a infecção pelo vírus Zika.
Os agentes comunitários de saúde deverão visitar gestantes a cada 30 dias, orientando para o cumprimento do calendário vacinal e o comparecimento às consultadas agendadas do pré-natal e, também, para medidas de prevenção e controle à infecção pelo vírus Zika. Também cabe aos Profissionais de saúde investigar e registrar na caderneta das gestantes, assim como no prontuário da mulher, a ocorrência de machas vermelhas, febre e infecção destas pacientes, orientando a procurar os serviços de saúde no caso de apresentar estes sinais e sintomas.
Essas ações orientações fazem parte do Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Microcefalia Relacionada à Infecção pelo Vírus Zika, que norteia o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com microcefalia em todo o país. O planejamento prevê a mobilização de gestores, especialistas e profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê.
PLANO NACIONAL – No dia 5 de dezembro, foi lançado o Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia. Trata-se de uma grande mobilização nacional envolvendo diferentes ministérios e órgãos do governo federal, em parceria com estados e municípios, para conter novos casos de microcefalia relacionados ao vírus Zika. O Plano é resultado da criação do Grupo Estratégico Interministerial de Emergência em saúde Pública de Importância Nacional e Internacional (GEI-ESPII), que envolve 19 órgãos e entidades.
O plano é dividido em três eixos de ação: Mobilização e Combate ao Mosquito; Atendimento às Pessoas; e Desenvolvimento Tecnológico, Educação e Pesquisa. Essas medidas emergenciais intensificam as ações de combate ao mosquito.
A população também tem papel fundamental no processo de prevenção e controle da dengue, chikungunya e Zika, com a adoção de medidas simples, como a eliminação de recipientes que podem acumular água e servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.
Por Alexandre Penido, Agência Saúde
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