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III COBRAPO reúne Referências Técnicas em Saúde Bucal Indígena
A terceira edição do Congresso Brasileiro de Atenção Primária em Odontologia (III COBRAPO), realizado em Natal (RN), entre os dias seis e oito de novembro, teve como destaque a participação ativa dos profissionais que atuam como referência técnica em 32 dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs). O tema discutido no evento deste ano foi “A Valorização da Odontologia na Atenção Primária”.
“Com 17 pôsteres apresentados e um painel especial sobre Atenção Primária na Saúde Bucal Indígena, a Sesai teve uma participação muito expressiva no congresso. Além das referências técnicas dos DSEIs, praticamente todos os dentistas do Polo Base do DSEI Potiguara participaram do evento e apresentaram trabalhos. Uma dentista do Polo Base do Alto Rio Negro também apresentou uma experiência exitosa”, destaca o odontólogo, Gabriel Cortes, responsável técnico pelo Programa de Saúde Bucal na Sesai.
Segundo ele, o evento foi muito positivo por permitir a troca de experiências entre os profissionais de diferentes regiões, tanto durante o congresso como depois. “A COBRAPO, inclusive, já sinalizou o interesse em realizar o Primeiro Fórum de Saúde Bucal Indígena”, complementa Cortês.
Outro importante ganho da participação da Sesai no evento diz respeito às possibilidades de levar conhecimentos sobre como se faz saúde bucal com comunidades indígenas, onde o acesso às aldeias é difícil e pode levar até uma semana de barco. Além disso, em muitas delas não há energia elétrica.
“Levamos assistência às aldeias mesmo sem energia elétrica, sem consultório. Diferente de outros lugares, onde percebemos que a saúde bucal se dá, principalmente, dentro do consultório, fazer saúde bucal indígena é trabalhar fora do consultório. É valorizar a cultura indígena nesse processo. É trabalhar de maneira intercultural”, reforça Gabriel.
Painéis
Gabriel alega que o número expressivo de painéis da Sesai inscritos no congresso serviu para tirar a saúde indígena da invisibilidade que ocorre em outros congressos e eventos da saúde. “Tinham pessoas que não conheciam e se interessaram em formar parcerias”.
Por Déborah Proença