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DSEI Interior Sul participa de evento estadual sobre segurança alimentar
Técnicos do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Interior Sul participaram, nesta semana, em Florianópolis (SC), da oficina de implantação e consolidação do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) de Santa Catarina. A oficina segue determinações da 4ª Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional, realizada em 2011, com a participação dos indígenas.
O objetivo do evento, de acordo com a nutricionista Silviana Sequinatto, do Polo Base de Ipuaçu (SC), é integrar as ações do estado à saúde indígena. No primeiro momento, o governo estadual apresentou a proposta de implementação de ações e pediu um diagnóstico do distrito sobre a realidade da segurança alimentar em áreas indígenas.
Segundo a nutricionista Patrícia Muller, da Divisão de Atenção à Saúde (Diasi) do distrito, é importante que o DSEI participe destes eventos para garantir a inclusão da saúde indígena nas demais instâncias governamentais. A intenção é que o distrito não fique “isolado” das demais políticas públicas.
Após a oficina, ficou acordado que o distrito irá encaminhar um diagnóstico da realidade nutricional nas aldeias à Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan) para posteriormente fazer uma reunião entre o DSEI e a Caisan e definir parcerias. A Caisan é o órgão responsável para atuar junto a estados, municípios e demais órgãos responsáveis na articulação das políticas de segurança alimentar e nutricional.
Um dos possíveis exemplos de integração entre o DSEI e o estado é a participação das nutricionistas do DSEI na elaboração do cardápio das escolas indígenas mantidas pelo governo estadual nas aldeias. “Atualmente, eles estão ingerindo muitos alimentos industrializados, carne enlatada, sucos artificiais, entre outros, o que não é o correto para as crianças em fase de crescimento”, afirmou Silviana.
Hoje, as profissionais atuam junto às escolas na educação em saúde, orientando os alunos sobre hábitos alimentares saudáveis. De acordo com as nutricionistas, com a integração das políticas do estado, será possível ter um ganho nas ações de segurança alimentar nas aldeias, já que ambos os órgãos estarão agindo em sintonia com ações complementares.
Por Francisco Assul