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Saúde Indígena
5ª CNSI disponibiliza intérpretes de Libras para participantes
A 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI), que acontece até sexta-feira (6), em Brasília (DF), disponibilizou uma intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) durante os debates, visando facilitar a comunicação entre os surdos e mudos que participam do evento.
Também na 5ª CNSI é possível perceber o cuidado com os indígenas portadores de deficiência locomotora, a exemplo da liderança indígena Paulo Titiá, que veio como delegado do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Bahia. “Também necessitamos de saúde, educação e trabalho diferenciados. Precisamos participar desses eventos para nos mostrar e apelar aos governos das três esferas. Queremos respeito com as causas indígenas especiais”, comenta.
O indígena acrescentou, ainda, que essa é uma luta de diversas etnias e merece atenção por parte daqueles que gerem a Saúde Indígena. “Eu venho trazendo uma bandeira que levantei, porque também sou especial. Tive paralisia nove meses após ter nascido. Já visitei muitas aldeias e encontrei vários índios com deficiências. Na minha são 78 índios especiais de todas as deficiências, que adquiriram ao nascer ou com a violência dos fazendeiros”, conta Paulo Titiá.
O conselheiro estadual dos direitos da pessoa com deficiência de Minas Gerais, Eutárquio José de Oliveira, também participa da 5ª CNSI e parabeniza a preocupação que a Sesai teve de incluir no evento os indígenas com deficiência. “Nós estamos participando, compartilhando e aprendendo juntos. Não sou indígena, mas vim somar a essa luta que deve ser estendida também aos índios. O que pude perceber é que aqui nessa Conferência os organizadores tiveram o capricho e a preocupação de facilitar e oferecer o acesso a todos os indígenas”, conclui.
Por Vivianne Paixão