Notícias
Saúde Indígena
Secretário da Sesai coordena mesa sobre Mobilização Social durante a Expogep
O secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves de Souza, coordenou na tarde dessa terça-feira (4), a Mesa Redonda “Mobilização Social: Direito à Saúde e Diversidade”, durante a II Mostra Nacional de Experiências em Gestão Estratégica e Participativa no SUS (Expogep). O debate foi realizado no auditório central do Centro de Conveções Ulysses Guimarães e contou com a expressiva participação de gestores da saúde, conselheiros, trabalhadores e usuários.
Compuseram a Mesa Redonda a presidenta do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro; a diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa da SEGEP/MS, Júlia Maria Santo Rolands; o pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA), Roberto Pires; e o representante da prefeitura de Toronto/Canadá, Augusto Mathias.
Na abertura dos trabalhos, o coordenador da Mesa realizou uma breve contextualização do tema e lembrou que a mobilização social, hoje, está entre os assuntos da ordem do dia. “Acompanhamos as mobilizações sociais que ganharam as ruas do país nos meses de julho, agosto e setembro do ano passado, e não podemos esquecer que a saúde estava entre as pautas abordadas”, salientou Antônio Alves.
Em sua apresentação, a diretora do Departamento de Apoio à Gestão Participativa da SGEP do Ministério da Saúde, Júlia Maria Santos Roland, elencou avanços constatados na gestão estratégica e participativa do Ministério da Saúde nos últimos três anos e destacou os desafios que ainda precisam ser superados. Entre os avanços, ressaltou a implementação do Cartão SUS, o aprimoramento de políticas de equidade, com a criação de 23 comitês estaduais com as temáticas da Saúde da População Negra, LGBT, Situação de Rua, entre outros.
O pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Roberto Pires, afirmou que, nos últimos anos, vem realizando algumas pesquisas sobre a incorporação da participação social nas políticas públicas de diversas áreas e trouxe algumas reflexões para o debate sobre o que acontece nesse processo quando a participação se torna um elemento característico da gestão das políticas públicas. “A ideia é entender, principalmente, as diferenças entre a área de saúde, mais especificamente do SUS, e as outras políticas públicas desempenhadas no Brasil. O SUS é uma grande referência. Isso cria uma responsabilidade enorme, que é a necessidade de continuar inovando para que se torne mais efetivo. Estudos têm demonstrado impactos positivos nesse sentido”, garantiu.
Para encerrar o debate, a presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro, ressaltou que o Brasil tem destaque no cenário internacional por abrir diálogo com os movimentos sociais e as instâncias que realizam o Controle Social. “Temos que fazer uma revolução no sentido de transformar a população brasileira numa sociedade mais igualitária e, com certeza, a saúde tem um papel importante nisso. Acredito que discutir direito é discutir identidade. E nós continuaremos sempre mobilizados.”, concluiu.
Por Felipe Nabuco