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Comissão de Profissionais da Saúde Indígena realiza reunião durante encontro
Paralelamente à realização do Encontro de Formação para Conselheiros Distritais de Saúde Indígena, começou nessa terça-feira (2) a reunião da Comissão dos Profissionais de Saúde Indígena (COPSI). O objetivo é discutir temas de interesse dos trabalhadores da saúde indígena, a exemplo do processo seletivo diferenciado, do estatuto do sindicato, as estratégias para a realização das assembleias distritais, a construção do plano de ação para criação dos sindicatos distritais, eleição e aprovação de uma comissão para organizar o segundo encontro da COPSI, previsto para setembro de 2015, em Bonito (MS).
A COPSI foi criada durante a 5ª Conferência Nacional de Saúde Indígena (5ª CNSI), em dezembro de 2013, quando um pequeno grupo iniciou a discussão da não realização do concurso público. “O primeiro encontro aconteceu em setembro deste ano e reuniu 154 trabalhadores. Hoje, quase todos já têm conhecimento da comissão e esse é mais um capítulo na iminência de ganhar o nome de sindicato”, explica a presidente da COPSI, Carmem Pankararu.
O coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Pernambuco, Antônio Fernando da Silva, participou do evento representando os 34 coordenadores distritais. “Estou gestor, mas sou trabalhador da saúde indígena e militante da causa dentro do que é possível. Tenham a certeza de que eu continuarei apoiando, engajado na luta, dentro do movimento e colaborando com vocês”.
“Nós não sabíamos da realidade de cada trabalhador da saúde indígena e o importante é que hoje eles têm essa representatividade. O intuito é a defesa dos direitos de todos os trabalhadores e é essa união que queremos. Que eles saiam daqui e motivem seus distritos porque juntos nós seremos mais fortes”, disse o diretor de Recursos Humanos da COPSI, Allan Márcio de Oliveira.
O enfermeiro Marden Alves Costa, representante do DSEI Ceará na COPSI, lembrou que os primeiros contatos da comissão começaram através das redes sociais. “Hoje, aproveitamos todas as oportunidades para falar da COPSI. Tentamos repassar tudo que vem da Comissão Executiva para os trabalhadores da ponta, levantamos os questionamentos e retornamos para a comissão. É um trabalho difícil, que está começando, e estamos fomentando a sensibilidade dos trabalhadores para se unirem à causa”.
Já a farmacêutica-bioquímica Artemizia Nukini, do DSEI Alto Rio Juruá, no Acre, está na COPSI há menos de um mês. “Sou indígena e me interesso muito pela causa. Nem todos no distrito têm ideia do que é essa comissão e vou levar esse conhecimento para eles. A minha visão é que a COPSI vai auxiliar, mas também precisa se preocupar com a promoção da saúde dos povos indígenas”.
Ela se formou para ajudar seu povo e trabalha na Casa de Saúde Indígena (Casai) desde 2010. “Eu amo meu trabalho, para mim é um prazer atender meus parentes. Ainda tenho esperança de ver uma saúde indígena diferenciada”, finalizou Artemizia.
Por Graziela Oliveira
Foto: Luís Oliveira/Sesai-MS