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Saúde Indígena
Secretário se reúne com lideranças indígenas de Humaitá (AM)
O secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves de Souza, recebeu na manhã dessa sexta-feira (25), lideranças indígenas das etnias Apurinã, Tenharim, Parintintin e Jiahui, da região de Humaitá, no sul do Amazonas. Durante o encontro, a comitiva solicitou a reativação da Casa de Saúde Indígena (Casai), destruída em dezembro passado, por manifestantes que protestavam contra o desaparecimento de três moradores enquanto atravessavam uma área indígena.
De acordo com o conselheiro local de saúde indígena, Cleudo Tenharim, os indígenas estão dispostos a ajudar na procura de um local apropriado para o alojamento dos pacientes que chegam das aldeias. “Já visitamos vários lugares e, até o momento, encontramos duas casas e um hotel. Na próxima terça-feira (29), haverá uma reunião, em Humaitá, com o objetivo de resolver essa questão e nós contamos com o apoio da Sesai”, disse Cleudo.
O secretário Antônio Alves afirmou que solicitará a participação do coordenador do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Porto Velho, Jaumir Marques Ferreira, nesse encontro e ressaltou que a Sesai sempre esteve empenhada em resolver os problemas causados após o conflito, que aconteceu no final do ano passado, em Humaitá. “Em janeiro, a então diretora interina de atenção básica da Sesai, Mariana Amorim, visitou Humaitá, onde permaneceu durante 10 dias, pois também ficamos muito preocupados com a destruição da Casai e também queremos resolver essa questão”, destacou.
Também participaram da reunião a chefe de gabinete da Sesai, Verbena Lúcia Melo Gonçalves; a diretora do Departamento de Atenção à Saúde Indígena (DASI), Danielle Cavalcante; e o diretor do Departamento de Saneamento e Edificações em Saúde Indígena (DSESI), Carlos Madson Reis.
Conflito em Humaitá
Em dezembro de 2013, manifestantes incendiaram a Casa de Saúde Indígena (Casai), o prédio da sede da Funai em Humaitá e postos de pedágios montados pelos indígenas na rodovia, em protesto contra o desaparecimento de três moradores enquanto atravessavam uma área indígena. A suspeita era de que índios teriam sequestrado o grupo em represália à morte do cacique Ivan Tenharim. Os índios negam a responsabilidade pelo desaparecimento dos três moradores e dizem que a cobrança do pedágio é para compensar os danos causados pela construção da rodovia ao longo de 40 anos. Por Fernanda Miranda.