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Saúde Indígena
Secretário recebe visita de membros de organizações indígenas do Maranhão
O secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves, recebeu a visita, na tarde dessa terça-feira (1º), do coordenador das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (Coapima), Silvio Santana Guajajara; do vice-coordenador das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), Lourenço Krikati; e da liderança indígena Jonas Sansão, da etnia Gavião. O encontro aconteceu em Brasília (DF) e teve como objetivo dialogar sobre os rumos da nova gestão do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Maranhão.
Durante o encontro, as lideranças indígenas manifestaram total apoio ao novo coordenador do distrito, Alexandre Cantuária, que toma possa na próxima segunda-feira (7). “Viemos aqui fazer um pacto com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) e a nova coordenação do DSEI de acompanhar e contribuir. Apostamos muito na Sesai e queremos construir com vocês”, disse Lorenzo Krikati, ao ressaltar o novo momento do Controle Social no Maranhão.
O novo coordenador do DSEI agradeceu a confiança das lideranças, reforçou a sua boa relação com os povos indígenas e o seu perfil de militante da saúde indígena. “Sou enfermeiro de formação e boa parte da minha experiência está na saúde indígena. Conheço bem o perfil das lideranças do Maranhão, que são bastante esclarecidas, e conto com o apoio de vocês para fazer esta construção que a saúde indígena tanto precisa”, disse Alexandre Cantuária.
O secretário Antônio Alves enfatizou o desafio do novo coordenador de tornar a gestão do DSEI mais participativa. Antônio Alves também reforçou a necessidade de o distrito melhorar os indicadores de saúde e, para tal, voltou a destacar a necessidade de parcerias interfederativas, com Estado e municípios, e intersetoriais, com órgãos e empresas que atuam na região. “Nós já temos um levantamento técnico do que é necessário fazer no Maranhão. O que precisamos agora é pautar este debate com todos os interessados: comunidade indígena, Sesai, demais órgãos do governo federal e empresas”, disse Alves.
Quanto à proposta de mudança da sede do DSEI de São Luis para Imperatriz, o secretário voltou a ser enfático a considerar “que esta discussão deve ser realizada entre os próprios indígenas”. Alves reconhece que a capital do Maranhão, onde funciona a sede do DSEI, está muito distante das aldeias, mas reforça que esta decisão não cabe à gestão, mas aos próprios indígenas e “que a Sesai não irá se opor se assim for decidido por eles”.
Por Felipe Nabuco