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Saúde Indígena
Ritual Toré abre campanha do Mês de Vacinação dos Povos Indígenas no DSEI Potiguara
Em ritmo de "Toré", ritual sagrado do povo indígena potiguara, foi aberta nessa terça-feira (15), a campanha do Mês de Vacinação dos Povos Indígenas (MVPI) 2014, no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Potiguara. O evento ocorreu na aldeia Ybykuara, localizada no Polo Base de Marcação, município paraibano distante 80 km da capital João Pessoa.
Reunidos na oca da aldeia, indígenas, equipes de saúde do distrito e representantes da Secretaria de Saúde da Paraíba destacaram a importância da multivacinação para alcançar a meta pactuada de imunização, coordenada pela Secretaria Especial da Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde. As vacinas são oferecidas para a população indígena aldeada com foco nos grupos mais vulneráveis: crianças menores de cinco anos, mulheres em idade fértil e idosos.
O cerimonial de abertura da campanha do MVPI 2014 na aldeia Ybykuara foi prestigiado pelas lideranças indígenas da região, o cacique de Ybykuara, Oliveiro; o cacique geral da etnia Potiguara, Sandro Barbosa; e os caciques João Pereira, da aldeia Caieiras; Adailton Soares, de Jacaré de César; cacique Pedro Francisco, aldeia Silva; Marcos Isaias, de Lagoa do Mato; Genival Ciríaco, de Santa Rita e a cacique Claudecir da Silva (Cal), da aldeia Montmor, também como representante do município de Rio Tinto.
Como representantes do DSEI Potiguara estiveram presentes o coordenador substituto, Antonio Isídio; a chefe da Divisão de Atenção à Saúde Indígena (DIASI), Eliane D'Aangelis Andrade; a responsável técnica pelo Programa de Imunização do DSEI, enfermeira Isna Silveira; além de médicos e demais profissionais de saúde da área. Da Secretaria de Estado da Saúde (SES), participaram Marina Morais; a responsável pela imunização, a enfermeira Milena Vitorino; a técnica de imunização, Graça Toscano, e a apoiadora da Saúde Indígena na SES, Marcela Santos.
Celebração
Para o povo potiguara, o ritual Toré é uma força de múltiplas faces e que, segundo a tradição, celebra a amizade, a paz entre as aldeias, compartilhando o sentimento de grupo e de nação, cujo ritual é aberto com discurso do cacique e, em seguida, todos se ajoelham e rezam para iniciar a dança em círculo. Em solenidade coletiva, todos são convidados a dançar, seja indígena ou não.
Por João Bosco de Araújo