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ARBOVIROSES
Tocantins registra aumento de mais de 300% nos casos de chikungunya nos primeiros quatro meses de 2023
Em 2022, entre os meses de janeiro e abril, Tocantins foi o estado da região Norte do Brasil que mais registrou casos de dengue e chikungunya. Foram 13,5 mil diagnósticos de dengue e 1,4 mil de chikungunya. Também foram identificados 43 casos de Zika. Em 2023, no mesmo período, o cenário continua preocupante. Os números atuais são 5,2 mil, 4,6 mil e 863, respectivamente. Para mudar essa realidade e mobilizar a população, o Ministério da Saúde lançou, nesta quinta-feira (4), campanha nacional para o combate das arboviroses. Com a mensagem “Brasil unido contra a dengue, Zika e chukungunya”, a ação alerta sobre os sinais e os sintomas das doenças, além de formas de prevenção e controle do mosquito Aedes Aegypti.
Segundo dados apresentados pela pasta, em 2023, até o final de abril, houve aumento de 30% no número de casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2022 em todo Brasil. Já em relação à chikungunya, quando comparado com o mesmo período de 2022, ocorreu um aumento de 40%. Em relação aos dados de Zika, até o final de abril, houve um aumento de 289% quando comparado ao mesmo período de 2022.
O alerta por meio da campanha, que será veiculada a partir desta quinta-feira (4), na TV aberta e segmentada, rádio, internet, carros de som e em locais de grande circulação de pessoas em todas as regiões do país, é complementar às medidas de reforço que vêm sendo adotadas pelo Ministério da Saúde para prevenção e controle das doenças, bem como para garantia da assistência à população.
A secretária do Ministério da Saúde explicou que estudos científicos estão sendo usados para entender que os problemas não são os mesmos, portanto, as soluções precisam ser diferentes, com novas tecnologias. Além disso, foi instalado, em março deste ano, o Centro de Operações de Emergência (COE Arboviroses) para maior monitoramento do cenário epidemiológico e das diferentes realidades em cada estado.
Desde então, oito estados já receberam visitas de campo da equipe do COE – Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Tocantins, Espírito Santo, São Paulo, Santa Catarina e Bahia – para auxiliar na estratégia local. O Ministério da Saúde atuou, ainda, na distribuição de larvicidas e envio de mais de 300 mil kits laboratoriais para o diagnóstico da doença.
Atualmente, o Ministério ds Saúde disponibiliza quatro tipos de insumos para o controle vetorial do Aedes. Em 2023, foram investidos mais de R$84 milhões na compra desses produtos. Popularmente conhecido como fumacê – um dos inseticidas usados no controle do mosquito na forma adulta - será distribuído nas próximas semanas após atraso no fornecimento causado por problemas na aquisição pela gestão passada. A expectativa é que o Ministério da Saúde receba cerca de 275 mil litros do produto neste mês, normalizando o envio aos estados e Distrito Federal.
Sintomas e prevenção
Os sintomas de dengue, chikungunya ou Zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais.
A orientação do Ministério da Saúde é para que a população procure o serviço de saúde mais próximo de sua residência assim que surgirem os primeiros sintomas.
A prevenção é a melhor forma de combater a doença. Evitar acúmulo de inservíveis, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem tonéis e caixas d’água, receber a visita do agente de saúde, são algumas iniciativas básicas. Todo local de água parada deve ser eliminado, pois é lá que o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, coloca os seus ovos.
Ministério da Saúde