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PREVENÇÃO
Tocantins registra 699 casos de hanseníase em 2022. Veja sinais de alerta
Em 2022, Tocantins registrou, preliminarmente, 699 casos gerais de hanseníase e 43 notificações em menores de 15 anos. A doença é considerada um problema de saúde pública e apenas o Brasil representa 90% dos casos de todo o continente americano. Ano passado, em todo o território nacional, foram mais 17,2 mil casos da infecção, além de 735 registros em pacientes com menos de 15 anos.
A doença é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, tem evolução crônica e atinge, principalmente, a pele, os nervos periféricos e as mucosas. A infecção é considerada uma das doenças mais antigas da humanidade, no entanto, não tem uma origem precisa. Há mais de quatro mil anos, ela já era conhecida na Índia, China, Japão e Egito e, ao longo dos séculos, também foi confundida por outras doenças de pele, como a psoríase, impetigo e escabiose.
Confira principais sintomas:
Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade térmica (de frio e calor), dolorosa e/ou tátil;
Comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas;
Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
Diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento e acompanhamento dos pacientes em unidades básicas de saúde e de referência, não sendo necessário internação. O tratamento é realizado com a associação de três antimicrobianos — rifampicina, dapsona e clofazimina — chamado de Poliquimioterapia Única (PQT-U). A associação diminui a resistência medicamentosa do bacilo, que ocorre com frequência quando se utiliza apenas um medicamento.
A duração do tratamento varia de acordo com a forma clínica da doença e, ainda no começo da administração medicamentosa, a bactéria deixa de ser transmitida. O paciente é acompanhado por um profissional de saúde em consultas, geralmente, mensais, quando também recebe uma nova cartela de PQT-U.
Quando necessário, e a critério médico, o paciente pode ser encaminhado para Centros de Referência em hanseníase para avaliação clínica aprofundada, para se verificar a necessidade de prescrição de outros medicamentos de auxílio.
Ministério da Saúde