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PREVENÇÃO
Sergipe registra 240 novos casos de hanseníase em 2022
Segundo dados preliminares do Ministério da Saúde, no estado de Sergipe, localizado na região nordeste do país, foram diagnosticados 240 novos casos de hanseníase, doença infecciosa e de evolução crônica, que atinge principalmente os nervos periféricos, a pele e as mucosas. Os dados alertam, segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, para a importância da conscientização e atenção aos primeiros sintomas.
Em 2022, no Brasil, mais de 17 mil novos casos foram diagnosticados no país, segundo levantamento preliminar realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do Ministério da Saúde. Devido à alta quantidade de registros anuais, a doença ainda é considerada um problema de saúde pública e a pasta estabelece como medida obrigatória o aviso compulsório e investigação dos casos suspeitos.
Para o enfrentamento da doença, a pasta anunciou que a partir do mês de fevereiro dará início à distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida coloca o Brasil como primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública.
“Os testes que são fruto de pesquisas realizadas por instituições brasileiras. O teste rápido pela Universidade Federal de Goiás e o PCR pela Fiocruz e Institutos de Biologia Molecular do Paraná”, explicou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Além disso, ela reforçou a importância de se combater a desinformação e o preconceito, de batalhar pela transversalidade da atuação do Ministério e enfatizou que a hanseníase é uma doença curável.
Sinais e sintomas
Os sinais e sintomas mais frequentes são manchas de cores variadas nas diferentes partes do corpo, que geralmente estão associadas a uma perda de sensibilidade ao toque e à dor, além de possuírem uma temperatura diferente do restante da pele; áreas com diminuição de pelos e suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés; e caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Diagnóstico
Os casos de hanseníase são diagnosticados por meio do exame físico geral, dermatológico e neurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos com alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.
Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural primária), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente, deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica.
Ministério da Saúde