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MÊS DA MULHER
São Paulo estima mais de 2,5 mil novos casos de câncer do colo do útero em 2023
Em São Paulo, a estimativa de novos casos do câncer do colo de útero, em 2023, é de mais de 2,5 mil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). No mês em que se discute os direitos das mulheres, a saúde feminina é um dos temas centrais, sendo que a erradicação desse tipo de câncer é um dos desafios para a gestão pública, entretanto, pode ser reduzido com a adoção de mecanismos de controle, como vacinação e rastreio.
Terceira causa de mortes prematuras femininas no Brasil, o câncer do colo do útero é causado por alguns tipos Papilomavírus Humano (HPV) e, em muitos casos, não evolui, mas alterações celulares podem ocasionar a doença. Embora passíveis de identificação e tratamento antes do surgimento da doença, a última Pesquisa Nacional de Saúde revelou que a taxa de rastreamento é menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras. A constatação espelha a desigualdade a que estão sujeitas as mulheres na América Latina e no Caribe, que acumulam 80% das ocorrências nas Américas.
Sensibilização e acesso
A campanha Março Lilás é promovida para dar visibilidade a importância dos exames de rotina que podem identificar alterações causadas pelo HPV e podem evoluir para o câncer. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde, o exame citopatológico, conhecido como exame preventivo.
Identificar lesões precursoras garantem a não evolução para o câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que seria possível reduzir entre 60% e 90% das ocorrências aumentando o rastreamento da população feminina para, ao menos, 80% das mulheres. Por ser uma doença sexualmente transmissível, o uso da camisinha nas relações sexuais é um importante método de prevenção, além da vacina ofertada gratuitamente pelo SUS, que é a tecnologia que garante maior proteção.
A recomendação do imunizante é para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, além da população imunossuprimida (vivendo com HIV/Aids, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos), de 15 a 45 anos. Desde 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha com a meta de eliminar o câncer de colo de útero e o classifica como um problema de saúde pública mundial.
Ministério da Saúde