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AGOSTO DOURADO
Bancos de leite humano: 40,9 mil lactantes foram atendidas em Roraima
Durante o Agosto Dourado, mês dedicado à promoção dos benefícios do aleitamento materno, o Ministério da Saúde ressalta a importância da amamentação para fortalecer a saúde, melhorar a imunidade e proteger o bebê contra doenças comuns, tanto no primeiro ano de vida quanto na fase adulta. Em 2023, Roraima se destacou ao atender 40,9 mil lactantes por meio do banco de leite disponível no estado. Além disso, foram realizados mais de sete mil atendimentos em grupo e 2,3 mil visitas domiciliares, todos gratuitos e voltados para prevenir o desmame precoce. Esta é apenas uma das várias iniciativas do Sistema Único de Saúde (SUS) em apoio à amamentação.
No ano passado, 1,6 milhão de mães foram atendidas em 233 bancos de leite e 241 postos de coleta em todo o país, de acordo com os dados da Rede de Bancos de Leite Humano Brasileira (rBLH-BR). Os profissionais de saúde que atuam nas unidades são qualificados em manejo clínico da lactação e aconselhamento em aleitamento materno. As orientações, que incluem, massagens e extração de leite materno, são ofertadas continuamente para ajustar possíveis dificuldades e situações que podem afetar o ato.
Josélia Braga, 50 anos, atende pelo SUS há 23 anos. Moradora da Ceilândia (DF), a técnica de enfermagem trabalha no banco de leite do hospital regional da cidade e acredita que foi escolhida para atuar na área. “Fiquei 18 anos em pronto socorro, onde aprendi a lidar com o fim da vida. Agora, estou vivendo o início dela e toda sua delicadeza”, revela.
“O maior desafio é a expectativa que as mães têm da amamentação romântica. O que a gente vê, na realidade, é uma amamentação difícil, algumas sem evolução e a introdução de fórmula por baixa produção. Elas se sentem mal, mas precisamos mostrar a realidade de forma humanizada”, completa a profissional.
O Ministério da Saúde orienta que as crianças sejam amamentadas desde a primeira hora de vida até dois anos ou mais, sendo de forma exclusiva até os seis meses de vida. Com a prática das recomendações, o Brasil é o país que mais coleta e distribui leite materno no mundo, além de contar com uma tecnologia nos processos de qualidade e segurança que é modelo para a cooperação internacional em mais de 20 países.
Novo programa
A pasta está trabalhando para lançar o novo Programa Nacional de Promoção, Proteção e Apoio à Amamentação, como parte de um dos eixos estratégicos da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do SUS. Assim, reforça os princípios da amamentação como direito humano, do acesso universal à saúde, da equidade em saúde, da integralidade do cuidado e da humanização da atenção à saúde em todo o país.
O objetivo do programa, que está em fase final de pactuação com os conselhos nacionais de Secretários de Saúde (Conass) e de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), é fortalecer e integrar ações voltadas à temática em todo o país, além de estimular ações integradas, transversais e intersetoriais de amamentação nos estados e municípios.
Recursos
Para ampliar o acesso à saúde, o Ministério da Saúde está investindo, ainda, R$ 4,8 bilhões na construção de 36 novas maternidades e 30 novos Centros de Parto Normal. Todas as unidades terão salas de amamentação. As obras acontecem com recursos do Novo PAC Saúde e vão beneficiar cerca de 30 milhões de mulheres.
Além disso, entre os anos de 2020 e 2025, a Coordenação-Geral de Atenção à Saúde das Crianças, Adolescentes e Jovens do Ministério da Saúde conta com um Termo de Execução Descentralizada (TED) no valor de R$ 9 milhões para o fortalecimento de ações de apoio, proteção e promoção da amamentação.
A pasta destinou também, entre 2023 e 2024, R$ 2,4 milhões para a ampliação, reforma e compra de equipamentos dos bancos de leite do país. Outro financiamento é feito por meio da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), com valor anual estimado de R$ 16 milhões.
Conheça a campanha "Amamentação, apoie em todas as situações"
Ministério da Saúde