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MÊS DA MULHER
Rondônia deve ter 450 novos casos de câncer do colo do útero até 2026
Uma estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) aponta para 150 ocorrências de câncer do colo do útero em Rondônia, anualmente, até 2026. Caso a projeção seja concretizada, o triênio vai representar 450 mulheres com uma doença que pode ser evitada com a vacinação e a adoção de exames preventivos. Causado por alguns tipos Papilomavírus Humano (HPV), o câncer do colo do útero pode ser reduzido entre 60% e 90% com o rastreamento da população feminina, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), entretanto, as desigualdades sociais e regionais no país são desafio para a erradicação da doença.
A última Pesquisa Nacional de Saúde revelou que a taxa de rastreamento é menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras. A constatação espelha a desigualdade a que estão sujeitas as mulheres na América Latina e no Caribe, que acumulam 80% das ocorrências nas Américas.
Sensibilização e acesso
A campanha Março Lilás é promovida para dar visibilidade à importância dos exames de rotina que podem identificar alterações causadas pelo HPV e podem evoluir para o câncer. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde, o exame citopatológico, conhecido como exame preventivo.
Identificar lesões precursoras garante a não evolução para o câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que seria possível reduzir entre 60% e 90% das ocorrências aumentando o rastreamento da população feminina para, ao menos, 80% das mulheres. Por ser uma doença sexualmente transmissível, o uso da camisinha nas relações sexuais é um importante método de prevenção, além da vacina ofertada gratuitamente pelo SUS, que é a tecnologia que garante maior proteção.
A recomendação do imunizante é para jovens entre 9 e 14 anos, além da população imunossuprimida (vivendo com HIV/aids, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos), de 15 a 45 anos. Desde 2020, a OMS trabalha com a meta de eliminar o câncer de colo de útero e o classifica como um problema de saúde pública mundial.
Ministério da Saúde