Notícias
PREVENÇÃO
80 casos de hanseníase foram registrados no Rio Grande do Sul no último ano
Somente em 2022, o estado do Rio Grande do Sul registrou, preliminarmente, 80 novos casos de hanseníase, infecção que atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos. O Ministério da Saúde informa que a doença tem cura, entretanto ainda é considerada um problema de saúde pública pelas altas taxas anuais de novas notificações.
Para o enfrentamento das ocorrências, a pasta anunciou que a partir do mês de fevereiro dará início à distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida coloca o Brasil como primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública.
A hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é necessário um longo período de exposição à bactéria e apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. A infecção também pode causar lesões neurais e danos irreversíveis, por isso, quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento adequado, maiores são as chances de cura.
Sinais e sintomas
Os mais frequentes são:
- Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade térmica (de frio e calor), dolorosa e/ou tátil;
- Comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas;
- Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
- Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
- Diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
- Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Diagnóstico
Os casos de hanseníase são diagnosticados por meio do exame físico geral, dermatológico e neurológico, para identificar lesões ou áreas de pele com alteração de sensibilidade e/ou comprometimento de nervos periféricos com alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas.
Os casos com suspeita de comprometimento neural, sem lesão cutânea (suspeita de hanseníase neural primária), e aqueles que apresentam área com alteração sensitiva e/ou autonômica duvidosa e sem lesão cutânea evidente, deverão ser encaminhados para unidades de saúde de maior complexidade para confirmação diagnóstica.
Ministério da Saúde