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INFÂNCIA & SAÚDE
Rio Grande do Sul foi o 6º estado que mais registrou internações de bebês por desnutrição
Em 2022, o Brasil registrou 2.754 hospitalizações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais. Destas ocorrências registradas em todo o território nacional, 159 foram no Rio Grande do Sul, o 6º estado com o maior número de bebês internados por desnutrição no país e o primeiro da região sul.
O número alarmante registrado em 2022 só é levemente inferior ao apresentado em 2021, quando 2.979 bebês foram internados por desnutrição, o maior número absoluto dos últimos 13 anos. No ano passado, de acordo com dados do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os números correspondem a sete baixas hospitalares por dia.
Desde 2016, a taxa de hospitalização por desnutrição entre bebês menores de um ano vem subindo no Brasil, mas chegou à pior marca em 2021, com 113 internações para cada 100 mil nascidos vivos.
Problema de saúde pública
A desnutrição corresponde a uma doença de natureza clínico-social multifatorial, cujas raízes se encontram na pobreza. Quando ocorre na primeira infância, está associada à recorrência de doenças infecciosas, a prejuízos no desenvolvimento psicomotor, ao menor aproveitamento escolar e à menor capacidade produtiva na idade adulta. A desnutrição grave também acomete todos os órgãos da criança, tornando-se crônica e levando a óbito, caso não seja tratada adequadamente. No caso da criança com desnutrição grave, a falta do diagnóstico correto dificulta a decisão para o encaminhamento hospitalar e tratamento adequado, possibilitando a sua sobrevivência e otimizando sua reabilitação.
A prevenção e o controle da desnutrição dependem de medidas mais amplas e eficientes de combate à pobreza e a fome e políticas de inclusão social. No entanto, é responsabilidade dos profissionais de saúde o atendimento à criança com desnutrição a partir dos recursos disponíveis e de uma atuação efetiva, tanto para salvar as vidas dessas crianças, como para promover a sua recuperação e evitar recaídas.
O Ministério da Saúde ainda reforça que a amamentação deve ser exclusiva até os 6 meses e continuada até os 2 anos de idade ou mais. O desmame precoce pode causar desnutrição em crianças entre 0 e 2 anos de idade.
Ministério da Saúde