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PREVENÇÃO
149 novos casos de hanseníase são diagnosticados no Rio Grande do Norte
De acordo com dados preliminares da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiental (SVSA), do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Norte registrou, no último ano, 149 novos casos de hanseníase, o menor índice da região nordeste do país. Entretanto, devido à alta quantidade de registros anuais no Brasil, a doença ainda é considerada um problema de saúde pública e a pasta estabelece como medida obrigatória o aviso compulsório e investigação dos casos suspeitos.
Para o enfrentamento da doença, o órgão anunciou que a partir do mês de fevereiro dará início à distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida coloca o Brasil como primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública.
“Os testes que são fruto de pesquisas realizadas por instituições brasileiras. O teste rápido pela Universidade Federal de Goiás e o PCR pela Fiocruz e Institutos de Biologia Molecular do Paraná”, explicou a titular da pasta. Além disso, a ministra reforçou a importância do combate à desinformação e ao preconceito, assim como de batalhar pela transversalidade da atuação do Ministério e enfatizou que a hanseníase é uma doença curável.
A hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é necessário um longo período de exposição à bactéria e apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. A infecção pode causar lesões neurais e danos irreversíveis, por isso, quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento adequado, maiores são as chances de cura.
Sinais e sintomas
Os mais frequentes são:
- Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade térmica (de frio e calor), dolorosa e/ou tátil;
- Comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas;
- Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
- Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
- Diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
- Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Tratamento
O SUS disponibiliza tratamento e acompanhamento dos pacientes em unidades básicas de saúde e de referência, não sendo necessário internação. O tratamento é realizado com a associação de três antimicrobianos, chamado de Poliquimioterapia Única (PQT-U). A associação é eficaz para curar a doença e oferece menor risco de resistência medicamentosa do bacilo.
Ministério da Saúde