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MÊS DA MULHER
Mais de 1,5 mil mulheres no Rio de Janeiro podem ter câncer do colo de útero este ano
Conforme as estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), este ano, os casos de câncer do colo de útero devem atingir mais de 1,5 mil mulheres do Rio de Janeiro. A erradicação desse tipo de câncer é um dos desafios para a gestão pública, pois esbarram nas desigualdades sociais e regionais do país. A vacinação contra o HPV e o rastreio são medidas para reduzir essa taxa. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde, o exame citopatológico, conhecido como exame preventivo e o imunizante.
Terceira causa de mortes prematuras femininas no Brasil, o câncer do colo do útero é causado por alguns tipos Papilomavírus Humano (HPV) e, em muitos casos, não evolui, mas alterações celulares podem ocasionar a doença. Embora passíveis de identificação e tratamento antes do surgimento da doença, a última Pesquisa Nacional de Saúde revelou que a taxa de rastreamento é menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras. A constatação espelha a desigualdade a que estão sujeitas as mulheres na América Latina e no Caribe, que acumulam 80% das ocorrências nas Américas.
Sensibilização e acesso
A campanha Março Lilás é promovida para dar visibilidade a importância dos exames de rotina que podem identificar alterações causadas pelo HPV e podem evoluir para o câncer. Identificar lesões precursoras garantem a não evolução para o câncer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que seria possível reduzir entre 60% e 90% das ocorrências aumentando o rastreamento da população feminina para, ao menos, 80% das mulheres. Por ser uma doença sexualmente transmissível, o uso da camisinha nas relações sexuais é um importante método de prevenção, além da vacina ofertada gratuitamente pelo SUS, que é a tecnologia que garante maior proteção.
A recomendação do imunizante é para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, além da população imunossuprimida (vivendo com HIV/Aids, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos), de 15 a 45 anos. Desde 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha com a meta de eliminar o câncer de colo de útero e o classifica como um problema de saúde pública mundial.
Ministério da Saúde