Notícias
INFÂNCIA E SAÚDE
Piauí registra 27 internações de bebês menores de um ano por desnutrição em 2022
De acordo com o Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no último ano, o estado do Piauí registrou 27 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais. Dados também apontam que, entre as regiões do país, o Nordeste fica à frente com 1.175 hospitalizações.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a desnutrição é a ingestão alimentar inadequada que resulta em déficit de peso e de estatura e deficiência de micronutrientes.
Os determinantes de saúde mais reconhecidos da desnutrição infantil incluem:
- Baixo peso ao nascer;
- Falta de aleitamento materno;
- Desnutrição materna e
- Anemia da mãe e da criança.
A baixa escolaridade materna, renda familiar insuficiente, falta de saneamento básico, deficiências na realização do pré-natal, maior número de filhos e deficiências no acompanhamento pelos serviços de saúde das crianças que compõem o grupo de risco, também são motivos para a deficiência nutricional.
Problema de saúde pública
Quando ocorre na primeira infância, a desnutrição está associada à maior mortalidade, à recorrência de doenças infecciosas, a prejuízos no desenvolvimento psicomotor, além de menor aproveitamento escolar e menor capacidade produtiva na idade adulta.
Devido ao alto risco de morte, as crianças com desnutrição grave devem ser adequadamente diagnosticadas e necessitam de internação hospitalar até que este risco diminua e elas possam, então, ser acompanhadas em outros níveis de atenção à saúde, inclusive em domicílio. Nesse nível, é essencial que haja a ação efetiva do cuidador e o apoio deve ser dado por trabalhadores de saúde devidamente capacitados em reabilitação nutricional.
A orientação do Ministério da Saúde é que o pré-natal é a primeira oportunidade para promover ações de prevenção da desnutrição infantil no âmbito da APS. Além disso, o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida e a alimentação complementar saudável, com continuidade da amamentação até os 2 anos de idade, são algumas ações para prevenir essa condição. Entretanto, ainda dependem de medidas amplas, para além de ações no campo da saúde pública, que sejam eficientes no combate à pobreza e à fome.
Ministério da Saúde