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BRASIL SEM TUBERCULOSE
Nordeste recebeu 4,6 mil testes rápidos indicados para pessoas que vivem com quadro grave de HIV/aids
O Ministério da Saúde enviou, em março, 4,6 mil testes rápidos para a detecção da tuberculose em pessoas com HIV/aids e grave comprometimento imunológico, residentes da região Nordeste do país. O teste chamado ‘fluxo lateral para detecção de lipoarabinomanano’ (LF-LAM) é eficaz e o resultado sai em cerca de 25 minutos, podendo ser decisivo para a saúde dessas pessoas.
Para todo o Brasil, o Ministério da Saúde enviou 13,9 mil testes LF-LAM direcionados especificamente para este público. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a estimativa é de que um quarto da população mundial esteja infectada pelo agente causador da tuberculose e, deste público, de 5% a 10% vão desenvolver a doença durante a vida. No entanto, entre as pessoas vivendo com HIV/aids (PVHA), a chance da infecção evoluir para a forma ativa da doença é de 15 a 21 vezes maior do que na população geral.
Para Draurio Barreira, diretor do Departamento de HIV/aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do Ministério da Saúde, diante da necessidade de retomar ações de forma equânime, "ainda mais quando se trata de doenças que foram invisibilizadas, como o HIV/aids, ou que acometem pessoas mais vulneráveis, como a tuberculose, todas as ações que promovam acesso facilitado e universal ao diagnóstico, como o caso do LF-LAM, tornam-se fundamentais para estabelecer os pilares de controle e eliminação das doenças”.
Tuberculose
É uma doença infecciosa, causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora também possa acometer outros órgãos e/ou sistemas do corpo. Os sintomas clássicos são tosse persistente, seca ou produtiva; febre alta diária e com predomínio no final da tarde (vespertina); suores noturnos e emagrecimento.
A transmissão acontece por meio da tosse, fala ou espirro de pessoas com a doença ativa. A tuberculose também pode permanecer “adormecida” (latente). Nestes casos, a pessoa infectada não desenvolve a doença, embora possa apresentá-la em algum momento da vida.
Campanha Nacional de Combate à Tuberculose
O Ministério da Saúde lançou, ainda em março, a Campanha Nacional de Combate à Tuberculose. A eliminação da doença no Brasil é prioridade para o governo federal. A campanha reforça que diagnóstico e tratamento estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Em 2022, cerca de 78 mil pessoas adoeceram por tuberculose no Brasil. O número representa um aumento de 4,9% em relação à 2021, segundo informações da edição especial do boletim epidemiológico sobre a doença. A meta do Ministério da Saúde é alcançar as populações prioritárias e mais vulneráveis, como pessoas em situação de rua, pessoas privadas de liberdade, pessoas vivendo com HIV/aids, imigrantes e comunidades indígenas.
Ministério da Saúde