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MÊS DA MULHER
Câncer do colo de útero pode atingir cerca de 790 mulheres do Paraná
A erradicação do câncer do colo de útero é um dos principais desafios da saúde pública, por isso, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), este ano, os casos poderão atingir 790 mulheres do estado do Paraná, localizado na região sul do país. Esse cenário pode ser reduzido com a adoção de mecanismos de controle, como vacinação e rastreio, mas que esbarram nas desigualdades sociais e regionais do país.
Terceira causa de mortes prematuras femininas no Brasil, o câncer do colo do útero é causado por alguns tipos de Papilomavírus Humano (HPV) e, em muitos casos, não evolui, mas alterações celulares podem ocasionar a doença. Embora passíveis de identificação e tratamento antes do surgimento da doença, a última Pesquisa Nacional de Saúde revelou que a taxa de rastreamento é menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras. A constatação espelha a desigualdade a que estão sujeitas as mulheres na América Latina e no Caribe, que acumulam 80% das ocorrências nas Américas.
A recomendação do Ministério da Saúde é que a vacinação seja feita em duas doses, com o intervalo de seis meses. Atualmente, a vacina é administrada pela rede pública de saúde para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, pois a imunização é mais eficaz se administrada antes do início da vida sexual. Grupos especiais, como imunossuprimidas (com HIV/Aids, submetidos a transplantes de órgãos sólidos/medula óssea e pacientes oncológicos), a vacina é indicada até os 45 anos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) trabalha, desde 2020, com a meta de eliminar o câncer de colo de útero e o classifica como um problema de saúde pública mundial.
A campanha Março Lilás é promovida para dar visibilidade a importância dos exames de rotina que podem identificar alterações causadas pelo HPV e podem evoluir para o câncer. O Ministério da Saúde informa que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente, nas Unidades Básicas de Saúde, o exame citopatológico, conhecido como exame preventivo.
Ministério da Saúde