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PREVENÇÃO
Paraná registrou 341 casos de hanseníase em 2022
No último ano, de acordo com os dados preliminares do Ministério da Saúde, o estado do Paraná registrou 341 novos casos de hanseníase, a maior taxa da região sul do país. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, os dados alertam para a importância da conscientização e atenção aos primeiros sintomas. Atualmente, o Brasil faz parte da lista de 23 países prioritários para a hanseníase definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O Ministério da Saúde iniciará, a partir de fevereiro, a distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS). A entrega dos testes coloca o Brasil como primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública.
Durante o anúncio, que aconteceu na cerimônia de abertura do seminário “Hanseníase no Brasil: da evidência à prática”, a ministra destacou que a entrega dos testes são fruto de pesquisas realizadas por instituições brasileiras: o teste rápido pela Universidade Federal de Goiás e o PCR pela Fiocruz e Institutos de Biologia Molecular do Paraná.
As unidades serão destinadas às pessoas que tiveram contato próximo e prolongado com casos confirmados da doença e serão de dois tipos: o teste rápido (sorológico) e o teste de biologia molecular (qPCR). Uma terceira modalidade, de biologia molecular (PCR), também será ofertada pelo SUS e vai auxiliar na detecção da resistência a antimicrobianos. As três tecnologias foram incluídas no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da doença em julho do ano passado.
A hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é necessário um longo período de exposição à bactéria e apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. A infecção pode causar lesões neurais e danos irreversíveis, por isso, quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento adequado, maiores são as chances de cura.
Sinais e sintomas
Os mais frequentes são:
- Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade térmica (de frio e calor), dolorosa e/ou tátil;
- Comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas;
- Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
- Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
- Diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés;
- Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
A hanseníase tem cura. Após o diagnóstico a pessoa passa a tomar os medicamentos que são fornecidos gratuitamente na rede pública de saúde. Por isso, quanto antes o diagnóstico e tratamento adequado, maiores são as chances de cura.
Ministério da Saúde