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INFÂNCIA & SAÚDE
Em 2022, Paraná teve 114 hospitalizações de bebês por desnutrição
Em 2022, o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 2.754 internações de bebês menores de um ano por desnutrição, sequelas da desnutrição e deficiências nutricionais. Segundo informações de estudo do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os números registrados no ano passado correspondem a sete baixas hospitalares por dia. O Paraná registrou 114 hospitalizações do total de ocorrências identificadas em 2022.
Em relação à região Sul, no ano passado, foram registradas 376 hospitalizações.
Os números apresentados em 2022 só não foram piores que os diagnosticados em 2021, quando 2.979 bebês menores de um ano foram internados por desnutrição. Os números corresponderam a uma média de oito internações diárias, o maior número absoluto dos últimos 13 anos.
Desde 2016, a taxa de hospitalização por desnutrição entre bebês menores de um ano vem subindo no Brasil, mas chegou à pior marca em 2021, com 113 internações para cada 100 mil nascidos vivos.
Problema de saúde pública
A desnutrição na primeira infância está associada à maior mortalidade, à recorrência de doenças infecciosas, a prejuízos no desenvolvimento psicomotor, além de menor aproveitamento escolar e menor capacidade produtiva na idade adulta.
A prevenção e o controle da desnutrição dependem de medidas amplas e eficientes de combate à pobreza e a fome e políticas de inclusão social. A alimentação correta da criança com desnutrição grave é tão importante quanto qualquer outra medicação que ela receba. Por isso, o Ministério da Saúde reforça que o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de idade e a alimentação complementar saudável, com continuidade da amamentação até os 2 anos, é uma das medidas de prevenção da condição de desnutrição.
Contudo, o combate à desnutrição depende de ações de promoção ao acesso à rede de serviços públicos e combate à fome e fomento à segurança alimentar e nutricional. A desnutrição pode causar impactos negativos no desenvolvimento infantil, por isso, devem também ser fortalecidas as ações de estímulo a esse desenvolvimento como parte dos investimentos para a redução das desigualdades e promoção de oportunidades para uma geração de brasileiros.
Ministério da Saúde