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PREVENÇÃO
305 casos de hanseníase foram diagnosticados na Paraíba no último ano
Em 2022, o Brasil registrou preliminarmente mais de 17 mil novos casos de hanseníase, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Somente o estado da Paraíba, localizado na região nordeste do país, registrou 305 novas ocorrências da doença. Atualmente, o país faz parte da lista de 23 países prioritários para a hanseníase definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O levantamento foi feito pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA) do órgão. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, os dados alertam para a importância da conscientização e atenção aos primeiros sintomas. Os dados mostram ainda que o Brasil possui mais de 90% do número de novas notificações do continente americano. Devido à alta quantidade de registros anuais, a doença ainda é considerada um problema de saúde pública.
Para o enfrentamento da doença, a pasta anunciou que a partir do mês de fevereiro dará início à distribuição de 150 mil testes rápidos para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS). Essa medida coloca o Brasil como primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública.
Entenda mais sobre a doença
Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase é uma doença infecciosa, transmissível e de evolução crônica, que atinge principalmente os nervos periféricos, a pele e as mucosas. A infecção pode causar lesões neurais e danos irreversíveis. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são tão importantes.
A hanseníase acomete pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é necessário um longo período de exposição à bactéria e apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. Devido às lesões neurais e incapacitantes, os pacientes sofrem pelo estigma e discriminação.
Sinais e sintomas
Os mais frequentes são:
- Manchas (brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas) e/ou áreas da pele com alteração da sensibilidade térmica (de frio e calor), dolorosa e/ou tátil;
- Comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com engrossamento da pele, associado a alterações sensitivas, motoras e/ou autonômicas;
- Áreas com diminuição dos pelos e do suor;
- Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés;
- Diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés; e
- Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Ministério da Saúde