Mais de 200 bebês menores de um ano foram internados com desnutrição em Minas Gerais no ano passado

Segundo dados do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o estado de Minas Gerais registrou 205 internações de bebês menores de um ano com desnutrição, sequelas de desnutrição e deficiências nutricionais, em 2022.

O Brasil também registrou 2.754 internações de bebês, com a mesma causa e faixa etária, no ano passado. Os números repetiram os péssimos indicadores de 2021, quando 2.979 hospitalizações foram registradas - o pior nível em 13 anos.

A desnutrição é de origem multifatorial, incluindo fatores biológicos, sociais, econômicos e políticos. Os determinantes mais reconhecidos da desnutrição infantil incluem baixo peso ao nascer, falta de aleitamento materno, desnutrição materna, anemia da mãe e da criança, baixa escolaridade materna, renda familiar insuficiente, falta de saneamento básico, deficiências na realização do pré-natal, maior número de filhos e deficiências no acompanhamento pelos serviços de saúde das crianças que compõem o grupo de risco.

 Ações de prevenção

- Realização de avaliação do peso, estatura e de marcadores do consumo alimentar com o devido registro no Sistema de Informação em Saúde adotado na APS;

- Assistência ao pré-natal com foco na prevenção da desnutrição;

- Busca ativa de recém-nascidos que não são acompanhados nos serviços de saúde para a prevenção da ocorrência da desnutrição;

- Apoio ao aleitamento materno exclusivo até os seis meses, sendo continuado até os dois anos ou mais;

- Promoção de alimentação complementar saudável;

- Monitoramento e avaliação constante da situação de insegurança alimentar.

Ministério da Saúde