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MÊS DA MULHER
Mato Grosso tem o maior número de óbitos por câncer do colo do útero no Centro-Oeste
Com o maior número de mortes ocasionadas ao câncer do colo do útero na região Centro-Oeste em 2020, o estado de Mato Grosso deve ter 220 novos casos este ano, conforme estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Por isso, o Ministério da Saúde busca formas de sensibilizar sobre a importância de ações de prevenção e rastreio da doença, como a campanha Março Lilás.
O sinal mais comum de câncer uterino é o sangramento vaginal mais intenso que o habitual e fora do período menstrual. Além disso, outro alerta é o sangramento em mulheres que já se encontram na menopausa. O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas na fase inicial. Por isso, é importante que as mulheres façam os exames de prevenção periodicamente.
Nos casos mais avançados, além do sangramento vaginal intermitente (que vai e volta), ou após a relação sexual, há a secreção vaginal anormal e dor abdominal associada a queixas urinárias ou intestinais. É importante destacar que o início precoce da atividade sexual, a multiplicidade de parceiros, o tabagismo e o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais está entre as principais causas de aumento do risco de desenvolver a doença.
Desigualdades
Terceira causa de mortes prematuras femininas no Brasil, o câncer do colo do útero é causado por alguns tipos Papilomavírus Humano (HPV) e, em muitos casos, não evolui, mas alterações celulares podem ocasionar a doença. Embora passíveis de identificação e tratamento antes do surgimento da infecção, a última Pesquisa Nacional de Saúde revelou que a taxa de rastreamento é menor em mulheres de baixa escolaridade, pardas e negras.
A detecção precoce depende de exames preventivos, mesmo sem a presença de sintomas, como a realização do Papanicolau. O diagnóstico nas fases iniciais é importantíssimo e aumenta as chances de cura. Vale lembrar que a rede pública oferece esses atendimentos de forma gratuita. Mulheres grávidas também podem fazer o exame sem risco ou prejuízo ao bebê ou para a gestação.
Ministério da Saúde